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Três Lagoas, 26 de abril

Pratos continuam vazios no recreio da escola Bom Jesus

A escola está sem merendeira e, por isso, os alunos do diurno estão sem lanche desde agosto de 2012

Por Arquivo JP
23/04/2013 • 08h32
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O problema da falta de merenda escolar na escola estadual Bom Jesus, em Três Lagoas, no período diurno, veiculado no Jornal do Povo na primeira semana deste mês, ainda não foi solucionado pela Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul (SED). A informação é da diretora do colégio, Ângela Maria Jorge. 

De acordo com Ângela, no último dia 19 a direção recebeu um ofício da SED. O documento informa que o órgão está em processo de licitação para contratação de merendeiras em caráter de emergência. O Bom Jesus está incluso na relação, pois há outras escolas do Mato Grosso do Sul na mesma situação. Apesar disso, a notificação esclarece que o processo será demorado por conta dos trâmites legais. 

A falta de merenda escolar começou no segundo semestre de 2012 e se arrasta até hoje. Por essa razão, cerca de 720 alunos do diurno estão sem lanche. Inicialmente, a direção tomou medidas paliativas, como remanejar funcionários de outros setores, além de dobrar o horário do merendeiro do noturno, mas isso não resolveu a situação.

Conforme Ângela, a falta de merenda é refém da ausência de mão de obra. Das três merendeiras, uma para cada turno, no momento só o período noturno conta com profissional. Já os períodos da manhã e tarde estão sem merendeira. Ambas estão com problemas de saúde. Porém, segundo a diretora, de imediato a SED foi comunicada via ofício sobre a situação. “Mas já se passaram oito meses e até agora nada foi resolvido”, disse inconformada.

A direção em momento algum cruzou os braços diante do problema. Em 2012, no período em que aguardava uma posição da SED, a direção, em parceria com o Colegiado Escolar, buscou alternativas para atender os estudantes. Uma delas foi contar com o trabalho dobrado do merendeiro do período noturno, sem que o funcionário tivesse qualquer acréscimo no salário. A outra foi disponibilizar funcionários de outros setores para organizar o lanche dos alunos. “Mas, na verdade, os profissionais cansaram de trabalhar em dobro”, explicou a diretora. E continuou: “Neste ano, a escola não tomou mais nenhuma medida, pois cabe à SED resolver essa situação”, falou.

DIREITO
É direito do aluno contar com a merenda escolar. Além disso, segundo a direção, a maioria dos estudantes é carente e necessita de alimentação no intervalo das aulas. Informou também que o Estado repassa anualmente para escola R$ 57 mil, divididos em duas parcelas de R$ 28,5 mil, por semestre, para ser investido na compra de alimentos. “Nosso problema não é verba, é recurso humano, pois precisamos de duas merendeiras”, disse.

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