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Três Lagoas, 25 de abril

Preços dos alimentos devem ficar em alta até o final do ano,afirmam especialistas

No início do ano produtores de arroz alertaram sobre a desvantagem de produzir o grão para vender no mercado interno

Por Marcus Moura
12/09/2020 • 14h00
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, também conhecido como inflação, de agosto em Campo Grande, subiu 1,04%, sendo o maior resultado para o mês de agosto na capital desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2014. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para especialistas, os preços devem ficar altos até o final do ano. 

Com peso de 40% na composição do índice, os grupos de transporte e alimentação e bebidas tiveram as maiores altas, de 3,23% e 2,31% respectivamente. Segundo a coordenadora de Supervisão de Disseminação de Informações, Elenice Cristaldo, no grupo transportes, a gasolina foi a vilã. “A variação de preços acumulada nas últimas semanas fez com que o preço aumentasse bastante”, explica. 

Para a economista da Fecomercio, Daniela Dias, uma série de fatores contribuiu para o aumento dos preços no grupo. “O aumento do dólar e o período de entressafra do arroz foram decisivos para o cenário. Lá no começo do ano, os produtores de arroz avisaram que a produção do grão não estava tão vantajosa assim e que o volume produzido iria cair”, disse. 

Daniela ainda explica que daqui para frente o equilíbrio dos preços vai depender da relação entre a oferta e a demanda, do clima e da produção. Para o professor e pesquisador em desenvolvimento econômico e sustentável do Centro Universitário Anhanguera, Caio Pedrollo, os preços ao consumidor devem ser manter altos até o final do ano. Ele acredita que a inflação não deve passar dos 4% e explica qual o significado de uma inflação alta neste atual momento.“Geralmente inflação alta significa recuperação da economia, mas neste momento de recessão não. Os efeitos são bem negativos para o consumidor”, finaliza.

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