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Três Lagoas, 23 de abril

Prefeitura diz que reajuste depende de negociação com Sinted

Servidores municipais estão em “Estado de Greve” por falta de reajuste salarial

Por Ana Cristina Santos
01/06/2017 • 12h06
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Para conceder o reajuste de 7.89% aos servidores- com exceção os da Educação-, a Prefeitura de Três Lagoas, alega que precisa concluir a negociação salarial com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas (Sinted), referente à Lei do Piso Salarial Nacional, que prevê o pagamento do percentual do piso, hoje de 7.64% para 20 horas/aula.

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (31), os funcionários filiados ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais deliberaram por entrar em condição de “Estado de Greve”. Além dos 7.89%, que representa a correção da inflação, e 3% de ganho real, o sindicato reivindica outros benefícios para os servidores, como o aumento no valor do auxílio alimentação, hoje de R$ 120, para R$ 200.

A prefeitura informou que está negociando com o Sindicato da Educação o realinhamento da Lei do Piso Nacional, que se refere à valorização do professor, levando até 2020 o dobro do piso de 40 horas. Segundo a administração municipal, hoje o município teria que pagar 64% do Piso Nacional, o que já implica no limite contingencial da folha de pagamento. Com isso, o município alega que não teria condições de conceder nenhum aumento salarial para os demais servidores.

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A prefeitura diz ainda que continua a negociação com Sinted para modificar as regras da Lei e manter margem para  conceder o reajuste aos demais servidores.

A presidente do Sinted, Maria Laura Castro, disse na manhã desta quinta-feira, em entrevista ao RCN Notícias da Rádio Cultura FM, que a negociação com o sindicato não pode servir de empecilho para o município conceder o reajuste para os demais servidores, uma vez que a Educação tem verba própria. 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Antônio Carlos Modesto, também entende que são negociações distintas e que os funcionários não podem ficar prejudicados sem reajuste. Por esse motivo, já estão em “Estado de Greve”- que significa alerta para administração. A qualquer momento se não houver avanço nas negociações, os servidores podem cruzar os braços. 

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