RÁDIOS
Três Lagoas, 23 de abril

Prefeitura estuda construir casas para ribeirinhos de Jupiá

Cesp deu prazo de dez dias para a prefeitura se manifestar sobre isso

Por Ana Cristina Santos
29/06/2019 • 07h30
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Quatro famílias de ribeirinhos de Jupiá foram notificadas para desocupar áreas invadidas às margens do rio Paraná, em Três Lagoas. A Companhia Energética de São Paulo (CESP)responsável pela área, já adiantou que não pode haver construções nesses locais.

Uma reunião foi realizada nesta semana para tratar da situação dessas famílias.  A reunião foi proposta pelo promotor de Justiça, Fernando Lanza, que foi procurado pelas famílias para tentar evitar a reintegração de posse. Por esse motivo, Lanza convocou a reunião entre as famílias, vereadores , prefeito e representantes da Cesp,
As famílias dizem não ter para onde ir e que, sobrevivem da pesca. Por isso, pretendem permanecer no local. O responsável pelo departamento jurídico da companhia, Mauro Nakamura, afirmou que a possibilidade “não existe” porque a área é classificada como de preservação permanente. E adiantou que, se houver outras famílias ocupando essas áreas, a companhia tomará as mesmas providências.

Levantamento

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Também foi sugerida a possibilidade de a prefeitura construir moradia para as famílias. A Cesp deu prazo de dez dias para a prefeitura se manifestar sobre isso. O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) afirmou que será feito um levantamento e análise jurídica para verificar se o município dispõe de área para a construção de casas para atender os ribeirinhos. 

Justiça determina reintegração de posse de área

A Cesp (Companhia Energética de São Paulo), com o apoio de outros órgãos controladores, conseguiu na Justiça uma liminar para a reintegração de posse de uma área invadida em Castilho (SP), no mês passado. 

A área onde funcionou uma estação e laboratório de piscicultura foi invadida dia 14 de junho pelo Movimento de Frente Nacional de Luta pela Moradia, liderado por José Rainha, que liderou por anos no Brasil o movimento de invasão de terras.

Em entrevista à TVC HD - Canal 13.1, há duas semanas, o líder do movimento, José Rainha Júnior, disse que a área está abandonada e que pode se tornar produtiva. “Uma área dessa, que tem 112 tanques, que deveria produzir peixes, não produz nada, está há 10 anos abandonada. Nossa ideia é colocar para funcionar e empregar aqui, no mínimo 200 pessoas”, afirmou. 

O responsável pelo departamento jurídico da Cesp, Mauro Nakamura, disse que a Justiça concedeu a liminar e que a área terá que ser desocupada. O movimento é composto por famílias paulistas e de Três Lagoas. 

 

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