Duas informações apuradas pela reportagem do Jornal do Povo - Ano 70, nos últimos dias, alimentam a esperança de que o desgastado cartão postal urbano de Três Lagoas, a Lagoa Maior, será preservada ainda por muitos anos e que seus frequentadores serão orientados a tomar parte em sua conservação. Reconhecida como riqueza natural, mas não tratada como tal por muitos anos, a Lagoa Maior, finalmente, terá ações ambientais à sua altura. Ao menos é isso que se planeja.   

Nos 70 anos do este Jornal do Povo, a Lagoa Maior foi notícia em milhares de reportagens. No passado, como um ponto turístico integral, com absoluta possibilidade de contemplação e uso das riquezas ali contidas. Mais no presente, a Lagoa passou de ponto turístico para objeto de estudos, desde a quantidade de animais silvestres introduzidos irregularmente no local até a ameaça constante da presença de carrapatos capazes de transmitir doença de altíssima letalidade. Foi, também, notícia porque transbordou ou porque secou demais; porque ficou sem conservação e porque quem desfruta do local contribui pouco ou nada. 
Projetos em andamento na Secretaria Municipal de Meio Ambiente preveem ao menos duas medidas muito aguardadas: investimento em educação ambiental, a começar pela instalação de lixeiras no entorno da lagoa, e a criação de uma espécie de guarda exclusiva para coibir abusos de visitantes.

Estas “novidades” darão sequência a poucas medidas recentes, que tiveram a mesma intenção, como a criação dos jardins aquáticos e a retirada de jacarés da espécie papo-amarelo.

A solução, certamente, passará pela remoção completa das quase 200 capivaras que moram na Lagoa Maior. Indubitavelmente, é delas a maior parcela de culpa na degradação da flora e na redução da quantidade de pássaros e peixes. Quando esta medida estiver 100% executada, este Jornal do Povo - Ano 70, novamente noticiará a Lagoa Maior como o principal cartão postal urbano de Três Lagoas.