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Três Lagoas, 23 de abril

Professor fala sobre greve da UFMS

Amanhã haverá várias ações nas imediações da praça Senador Ramez Tebet e na feira livre

Por Ana Cristina Santos
03/08/2012 • 08h49
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Na manhã de hoje o professor de história da UFMS, Vitor Wagner Neto de Oliveira participou do programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5 Mhz) para falar sobre o movimento de greve dos professores e técnicos da instituição.

De acordo com Oliveira, a greve teve início no dia 12 de junho e se mantem forte com várias atividades. Ele frisou que não é uma greve somente por reajuste salarial. “Tem uma pauta longa. O central é a reestruturação da carreira, que a meio e longo prazo influencia no salário. Essa greve não é por aumento de salário imediato, mas sim por melhores condições de trabalho, que atinge professores e técnicos administrativos da UFMS”, destacou.

Vitor disse que o calendário acadêmico era para iniciar nesse mês de agosto, entretanto, o primeiro semestre ainda não foi encerrado em razão da greve. “Vamos fazer um trabalho para que os professores não voltem as aulas.”, informou. Ele disse que não é possível dizer ainda se o ano letivo será prorrogado até 2013, já que já que o calendário acadêmico tem que ser refeito.

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De acordo com o professor a categoria não aceitou a proposta apresentada pelo governo federal. “Recusamos porque a proposta do governo não atende o mínimo que exigimos, porque exigíamos uma carreira única para o magistério superior, que compreende os professores das universidades dos institutos técnicos e colégios de aplicação. Queríamos uma escala de 13 níveis e sem classe, o governo não aceitou. O governo só entrou com números, e para nós o importante não é discutir somente o reajuste, mas sim a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho”, salientou.

Vitor informou que em Mato Grosso do Sul os 11 Campus da UFMS, assim como os do Instituto Federal e a UFGD permanecem em greve. Ele afirmou que há 11 anos a universidade não aderia a esse movimento, porém após esgotar todas as negocias, sem avanço positivo, essa foi a solução encontrada. “Ficamos dois anos tentando que o governo sentasse à mesa de negociação. A greve foi a última ação para pressionar o governo”, frisou.

Segundo o professor, amanhã haverá várias ações nas imediações da praça Senador Ramez Tebet e na feira livre, a fim de explicar para a população sobre o motivo da greve. Vitor disse que existe a compreensão dos alunos, assim como da própria população.

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