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Três Lagoas, 24 de abril

Professores devem realizar novo protesto contra escola integral na terça

Alunos realizaram manifesto em reunião para apresentar projeto, na Afonso Pena

Por André Barbosa
29/09/2017 • 18h17
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Após um manifesto de estudantes contra a implantação da escola integral na Afonso Pena, na sexta-feira (29), professores da unidade de ensino prometem aderir a um novo movimento na próxima terça-feira (3). Os educadores contestam as afirmações da coordenadora Regional de Educação, Marizeth Bazé Kiill, que chegou a ser impedida de divulgar o projeto durante uma reunião pedagógica na segunda-feira (25).

Tudo começou com a notícia de que o Governo do Estado, através da Coordenação de Formação Continuada (Cefor) deverá implantar, até 2018, a Escola de Autoria nas unidades de ensino de Três Lagoas, começando pela Afonso Pena. Houve uma tentativa de apresentação do sistema de ensino em tempo integral, solicitada pela direção da unidade escolar, mas, os professores não teriam concordado com a medida e o evento acabou interrompido. Na sequência, em uma nova apresentação do programa, dessa vez aos pais dos alunos do ensino médio da Afonso Pena, houve protesto dos estudantes, portando faixas e cartazes com palavras de ordem.

“A Afonso Pena está apta a receber a Escola de Autoria e que, pelo menos outras 12 no Estado, já funcionam com o sistema. “Estamos em fase de apresentação do sistema, para professores e pais, a pedido das direções das escolas. O primeiro trabalho para a implantação, é o de ampla divulgação. Os próprios diretores das 12 escolas do município, já fizeram a capacitação em Campo Grande. As escolas só têm a serem beneficiadas”, explicou Marizeth.

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A coordenadora e presidente do colegiado de escolas, Mabel Oliveira dos Santos se prostrou contra a medida. “O que a Marizeth disse não condiz com a verdade. Estão investindo em um projeto que até agora não deu certo. Nem no Instituto Federal (IF) está funcionando. A Afonso Pena é uma escola que já foi considerada modelo. É patrimônio Tombado e gostaríamos que voltasse a ser modelo. Está precisando de reparos já solicitados e que não foram feitos e agora falam em investimentos só para a escola integral. As decisões não podem ser tomadas por uma pessoa só. Temos um colegiado na Afonso Pena, que precisa ser respeitado”, disse.

Sobre a quantidades de alunos matriculados na unidade de ensino do Estado, a presidente do colegiado também contesta a informação dada por Marizeth. “São cinco salas do ensino médio, com 294 estudantes. No total, são 1.280 alunos do 1º ao 9º ano”, apontou.

Mabel informou que, ‘a fim de impedir a medida’, se reunirá com os docentes e alunos na segunda-feira (3) para formatar um protesto para o dia seguinte. Na terça, por volta das 14h, os manifestantes deverão se reunir na frente da unidade de ensino, novamente portando faixas e cartazes.

 

Aprovação

Em Três Lagoas, a Escola de período integral deverá ser implantada de fato, em 2018, com ou sem aprovação dos professores. Entretanto, ao tentar apresentar o sistema para os professores da Afonso Pena, Marizeth acabou por desistir, devido aos protestos. “Foi um primeiro contato difícil. A insatisfação é imprópria. Visitamos as escolas e não existe desistências. O professor terá a garantia de sua lotação. Os educadores do ensino fundamental são os que mais estão preocupados, desnecessariamente. Todos passarão pela capacitação”, justificou.

Finalizando, Marizeth afirmou que a Secretaria de Estado da Educação promoverá reformas no estabelecimento de ensino, adicionando refeitório, ala de apresentações de teatro e contratação de mais funcionários para a implantação da Escola de Autoria. “Nenhum professor vai perder com isso. Não mexemos na legislação de direitos do educador.

O Cefor espera que ao menos, 160 ingressem ao tempo integral. 

 

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