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Três Lagoas, 25 de abril

Protesto em Três Lagoas pede punição mais severa para quem agride animais

Manifestação foi encabeçada pelo grupo Protetoras Três Lagoas e tem como lema “Eles não falam, mas têm direitos”

Por Tatiane Simon
24/03/2018 • 11h21
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Foi aos gritos de “justiça” que os manifestantes iniciaram a passeata pelas ruas do Centro de Três Lagoas na manhã deste sábado (24). O protesto a favor da vida dos animais foi organizado pelo grupo Protetoras Três Lagoas e reuniu, além das voluntárias do grupo, simpatizantes pela causa, líderes políticos, médicos veterinários e policiais militares ambientais. O ato teve a colaboração do Corpo de Bombeiros e de agentes de trânsito.

A manifestação reuniu aproximadamente 100 pessoas e partiu da praça Senador Ramez Tebet. O grupo seguiu pela rua Paranaíba até a avenida Eloy Chaves e retornou pela avenida Rosário Congro, nas proximidades da Feira Livre. Os manifestantes caminharam segurando faixas e vestindo camiseta branca.

Com o lema “Eles não falam, mas têm direitos”, o protesto levanta as hashtags #justiçaprothor e #justiçapraneguinha com o intuito de diminuir as estatísticas de maus-tratos em animais. As tags se referem aos dois casos mais recentes de agressões físicas em cães.

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O ato também quis conscientizar a população sobre o abandono de animais e adoção responsável. Isso porque a cadela Neguinha era um animal em situação de abandono e vivia nas ruas.

Esta é a segunda passeata organizada pelo grupo de voluntárias, de acordo com a protetora Charlene Bortoleto. “Mais uma vez estamos tentando ser vistos e ouvidos. Não vamos nos calar e lutamos por leis mais severas”, pontua.

Em apoio

Mirelle Elias Nogueira, bacharel em direito, veste a camisa da causa e foi à manifestação acompanhada do marido e dos três “filhos” de quatro patas, como ela mesma considera. “Sou a favor do protesto e a favor da vida animal. Não consigo entender como um humano consegue fazer mal a um bichinho que só sabe dá amor ao seu dono. Quantas vezes a gente chega em casa cansado do trabalho e ele [o cão] nos recebe com amor e alegria. Nossa companhia é a melhor parte do dia deles”, opina.

Maus-tratos

Segundo o médico veterinário e voluntário das Protetoras Três Lagoas, Luiz Guilherme Sacco Pegoraro, é recorrente casos de abandono e maus-tratos à animais. Para o profissional, falta conscientização e responsabilidade. “Muitas vezes, o que ocorre, é que na primeira dificuldade financeira ou quando o animal adoece, o dono prefere abrir o portão e abandoná-lo”, avalia.

A protetora Charlene reitera sobre a elevada incidência de casos de animais abandonados e vítimas de maus-tratos. “Recebemos dezenas de denúncias diariamente em nossa página no Facebook. Infelizmente, é uma realidade. O que pedimos é que fotografem para termos como provar as agressões e cobrar por punições”.

A ativista também cobra por colaboração da população. “Nós somos um grupo e nos doamos ao máximo. A gente pede que as pessoas se solidarizem também e possam ‘pôr a mão na massa’ quando for possível e nos ajudar”, enfatiza.

Relembre

A cadela “Neguinha” foi agredida com uma paulada na cabeça na quarta-feira (14) e morreu no dia seguinte. O anúncio foi feito por uma integrante do grupo Protetoras Três Lagoas, que resgatou e cuidava do cão. Segundo testemunhas, ela foi atingida pelo dono de dois cães da raça pit bull, quando se aproximou dos animais.

O cachorro Thor faleceu na sexta-feira (16) depois de permanecer cinco dias internado em uma clínica veterinária. Ele ficou gravemente ferido ao levar um golpe de enxada na cabeça. O fato ocorreu no bairro Vila Verde, em Três Lagoas, e foi o próprio dono do animal que tentou matá-lo, no último dia 11.

 

 

 

 

 

 

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