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Três Lagoas, 20 de abril

PSDB sai da eleição municipal de olho no governo estadual em 2022

Nós vamos buscar manter o poder. E tudo isso sob a liderança do governador Reinaldo

Por Da redação
29/11/2020 • 08h00
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O presidente estadual do PSDB, Sérgio de Paula, confirmou que o partido já pensa nas eleições para 2022 e que vem construindo um projeto que envolve um amplo arco de alianças tendo como pré-candidata o atual Secretário de Governo e Gestâo Estratégica, Eduardo Riedel. Em entrevista que concedeu aos jornalistas Guilherme Fiho e Ingrid Rocha, no programa CBN Campo Grande, Sergio de Paula fez ainda análises da conjuntura política estadual e alertou para que os partidos fiquem atentos aos resultados das urnas.

Confira os principais trechos da entrevista:
O PSDB saiu da eleição municipal, praticamente anunciando o nome do seu pré-candidato a governador. Essa é realmente a estratégia do partido, atrelar uma eleição a outra?
Sergio de Paula De 79 municípios, o partido fez 37 prefeitos, podendo atingir 39 prefeitos. Mais de 230 vereadores e mais de 15 vices. Saímos com uma estrutura grande, e isso tudo na liderança do nosso governador Reinaldo Azambuja. O partido se fortaleceu. 

Chegou 15 de novembro, terminou as eleições, o partido começa a buscar novas eleições para 2022. Na executiva do nosso partido, nós já temos nome, mas respeitamos os aliados. 

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Nosso partido está preparado, mas temos que ouvir os aliados e queremos fazer um grande entendimento para que em 2022 o partido tenha um governador. Nós vamos buscar manter o poder, isso tudo na liderança do Reinaldo Azambuja.

O governador foi muito claro na avaliação da eleição quando disse que pretende manter para o futuro o mesmo arco de alianças com o que ele conta hoje.

Qual o perfil dessa aliança que o PSDB quer produzir em 2022 e quais as principais forças que estarão fazendo parte dessa coligação ou aliança? 
de Paula Se analisarmos, essa eleição municipal, o PSDB fez 37 prefeitos, o DEM mais de 15, tendo isso em vista, qual foi o partido que mais se fortaleceu? Foi o DEM. Natural que teremos que ter a conversa entre todos esses partidos. Você pega o PSD, do prefeito Marcos Trad, reeleito em Campo Grande, fizeram mais outros três prefeitos, o MDB, também temos que conversar. 

Eu acho que um grande entendimento. Esses partidos, a partir de janeiro do ano que vem, começarão a fazer a interlocução.

Lógico que cada partido tem um pre candidato natural e normal, e também tem uma dificuldade de não termos mais a coligação na proporcional. Temos que ter chapas. 

Eu, como presidente do PSDB, posso falar pelo meu partido. Nós fizemos uma chapa, e a partir do ano que vem já vamos começar a trabalhar este assunto. Deputado Estadual e Federal, mas sem deixar de conversar com os nossos aliados. Nós sempre escutamos o nosso Governador, que é a liderança maior do partido, mas não podemos esquecer que temos três deputados federais por Mato Grosso do Sul, do PSDB. Temos cinco deputados estaduais, inclusive,  o presidente da Assembleia, Paulo Correia. O partido está fortalecido e se você analisar, nos 15 maiores municípios do Estado, nós fizemos oito prefeitos. 

No arco de alianças não está citado o MDB que integra e com muita eficácia, a base de sustentação do Governo na Assembleia Legislativa. Considerando sobretudo que agora não tem mais coligação para proporcional, o MDB faz parte dessa proposta de alianças?

de Paula Nós temos de vice-presidência da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Rocha. Eu tenho maior admiração, o Eduardo é um deputado com quem conversamos quase todo dia. Isso é uma coisa muito clara. Nós tivemo algumas parcerias nas eleições municipais com o  MDB. Nós falamos com a presidência do partido, com o ex-governador André Puccinelli, isso é natural na política e faz parte desse entendimento sim. 

O PSDB, que abriu mão de disputar com candidato proprio nos dois colégios eleitorais principais para fortalecer sua aliança, foi surpreendido com o resultado de Dourados. Como o PSDB avalia a derrota do Barbosinha?

de Paula Primeiramente vamos falar sobre Campo Grande. Nós tínhamos um arco de aliança na reeleição do nosso governador, nós tínhamos um compromisso com o prefeito Marcos Trad, esse compromisso foi cumprido.

Em Dourados, lógico que o presidente do partido queria uma candidatura própria, mas teve o entendimento com o DEM, que teve candidato a prefeito que foi o Barbosinha, e também do outro lado teve uma disputa com o PP, e não podemos ser ingratos. Na reeleição do Reinaldo o PP estava na nossa coligação e o Alan Guedes apoiando o Governador. Mas em Dourados, as pesquisas apontavam umas coisas que precisamos refletir profundamente.

Duas candidaturas que 50% não tinham o conhecimento da população e lá tinha seis candidaturas. Na última semana, várias pesquisas apontavam que tinha entre 30 e 46% de indecisos. Tínhamos o Barbosinha com seis pontos a frente e em seguida o Alan. Na hora que fechou a urna, as três candidaturas entre o terceiro e o quinto absorveram todos os indecisos. 

Eu acredito que teremos um ótimo relacionamento com Dourados, porque a gente governa não para partido e sim para as pessoas, e isso é muito importante. 

O governador falou que só vai tratar sobre a própria eleição em relação as eleições de 2022 no fim do ano que vem, já o partido lançou um pré-candidato ao governo. As estratégias entre o governador e o partido são diferentes?

de Paula Não é que as estratégias são diferentes, mas o partido tem uma executiva e o governo pode deixar isso dentro do governo, já o partido tem a liberdade. É muito claro que está mais do que nunca atrelado uma eleição a outra. Com tempos diferentes, mas é muito claro. O PSDB e o governo estão com foco já em 2022. 

O que devemos esperar então do governo especificamente, considerando também o seu papel como secretário de articulação política?

de Paula Montamos uma estratégia onde o governador o tem a responsabilidade de governar o Estado. E o partido tem que fazer articulação política. 

 

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