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Três Lagoas, 19 de abril

Quando a pandemia recua

Leia o Editorial publicado na edição do Jornal do Povo deste sábado

Por Redação
17/10/2020 • 07h26
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Os sinais de que a pandemia perde força entre os sul-mato-grossenses já começa a ser admitido inclusive pelas autoridades de Saúde. Os números, vários deles, de fato são menos preocupantes e têm trazido consigo um alento diário.

Já não se teme mais um colapso no oferecimento de leitos para tratamento intensivo, que era há alguns meses, o pior dos males que se imaginava. No auge do contágio chegou-se a situação limite quanto a isso, mas hoje já é possível tomar fôlego.

O índice de contágio também tem se reduzido, mesmo depois da inflexão para cima que se viu duas semanas após o feriado de 7 de setembro. As aglomerações não deixaram de trazer efeito nefasto para as estatísticas. E, a partir das últimas semanas, tem se reduzido também o numero de casos, inclusive nos cálculos feitos com base na média móvel, que pondera o desempenho a partir da análise da quinzena anterior. Isso tanto para o número de novos casos quanto para o, mais preocupante de todos, número de óbitos.

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Mas, se a pandemia recua, é razoável acreditar-se que a sociedade não deve recuar. Pelo contrário. As conquistas que finalmente vêm surgindo não podem ser comemoradas com irresponsáveis festejos, com o abandono das medidas de profilaxia e de distanciamento social. Mais do que nunca, quando a pandemia recua, é momento de se avançar ainda mais na prevenção e nos cuidados.

Se a flexibilização já indica a retomada de praticamente todas as atividades sociais, inclusive o cinema com pipoca,  é hora de reafirmar-se com atitude responsável e prudente a manutenção das medidas de prevenção e cuidado. A vacina continua sendo a luz no fim do nel de todo esse sofrimento. E, por mais próxima que esteja, ainda demora o suficiente para que não se perca de perspectiva a necessidade de continuar a prevenção.

Nao é demais lembrar, e nem é alarmista afirmar que, até que a vacina chegue e seja distribuida e aplicada em toda a população, a pandemia segue ceifando vidas. A vida continua ameaçada e a Covid-19 continua fatal para muitos. Enquanto não houver vacina, nem mesmo as estatísticas  mais otimistas devem servir de pretexto para que se deixe de lado o cuidado.

A vida continua sendo o bem mais importante a ser preservado.  Incondicionalmente. Não há lugar agora, e não haverá adiante, para a celebração irresponsável de um quadro que, alentador hoje, foi e continua sendo preocupante. Foi e continua sendo dolorido principalmente para quem perdeu parentes e amigos para uma pandemia que, por menor que seja agora, nunca deixou de ser cruel.

 

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