RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Recurso para bombeiros polemiza na Câmara

Jornal do Povo completa 70 anos de muitas notícias, em Três Lagoas

Por Kelly Martins
08/07/2019 • 07h53
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Em junho de 1993, a Câmara de Três Lagoas aprovou um projeto de resolução do então vereador Antônio João Campos de Carvalho para regulamentar o repasse de 2% da receita do IPTU para o Corpo de Bombeiros. O repasse era necessário porque a corporação padecia de um mal que levou anos para ser eliminado: uma fonte de recursos para dar manutenção à frota de veículos usados para socorros e salvamentos. Uma foto publicada junto ao texto mostra veículos antigos e sem peças.   

A votação da iniciativa do parlamentar estava prevista para a sessão seguinte, após análise das comissões internas da Câmara. Antes, passou por uma polêmica porque o comandante dos bombeiros, tenente Fernando Avalos Cabanha, considerou o repasse pequeno, em comparação ao que a Prefeitura de Ponta Porã destinava aos bombeiros da cidade: 5%.

Na época, o Corpo de Bombeiros de Três Lagoas tinha apenas um caminhão-pipa, com capacidade de 7 mil litros de água - um equipamento considerado pequeno pelo tenente Avalos, em comparação ao tamanho da cidade. "Quem tem um caminhão não tem nenhum", disse o oficial à reportagem. No dia da entrevista, disse o comandante, o veículo estava com defeito nos freios. 

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A destinação do recurso, que passou por votação em plenário, recebeu diversas emendas. Uma delas, derrotada, reduzia o percentual de repasse para 0,25% no ano seguinte ao da aprovação.

PUA
"No seu primeiro mês de atuação, o Policiamento Unificado Ativo (PUA) apresentou resultados expressivos, principalmente quanto a recuperação de veículos e sua prevenção, diz um informe do comando. O PUA tem sua central de operações na cidade de Aparecida do Taboado e sua área de abrangência atinge todo o Bolsão sul-mato-grossense, indo de Bataguassu a Costa Rica, cobrindo uma área calculada em 92.000 km2, atuando principalmente nas rodovias fronteiras com os Estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo". 

Esse é o trecho inicial de uma reportagem de atualização de dados de um programa de combate à criminalidade instalado pelo comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul para a região. 

No período de 30 dias foram recuperados seis veículos - três caminhões, uma camionete e dois carros. Dois ladrões de carros foram presos em Aparecida do Taboado no mesmo período. 

Para a Polícia Militar, os resultados confirmavam a eficácia do programa e apontava para a instalação de mais unidades da PM em cidades da região com a finalidade de impedir o avanço da criminalidade.

No mesmo relatório, o comando da PM revela a apreensão de duas armas de fogo, a prisão de dois suspeitos que tentavam "entrar no Estado", vindos de São Paulo, e dois contrabandistas que transportavam 750 pacotes de cigarro e equipamentos eletrônicos contrabandeados do Paraguai.

O grupo de policiais do PUA era composto por apenas 17 militares. Apesar disso, a PM destacava a utilização de viaturas equipadas com radiocomunicadores "capazes de transmitir a distância de 1.000 quilômetros", além de armamento sofisticado.

"O comandante Duarte, comandante do PUA, que já atuou em Campo Grande e em Cassilândia, gradativamente tenciona aumentar o número de policiais, até atingir 40/50 homens", diz trecho da publicação.

De acordo com o atual comandante do Corpo de Bombeiros, tenente coronel Leandro Arruda, esse tipo de repasse não foi efetivado e não prosperou.

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