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Três Lagoas, 04 de maio

Requisitos afastam doadores de sangue no Hemonúcleo de Três Lagoas

Aproximadamente um terço dos interessados em doar sangue estão impedidos no processo de triagem, diz coordenadora

Por Tatiane Simon
30/07/2017 • 07h00
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Receber doações espontâneas de sangue e fidelizar estes doadores são os maiores desafios enfrentados pelo Hemonúcleo de Três Lagoas. Doação sanguínea é sempre bem-vinda e nunca é demais, conforme a coordenadora do estoque sanguíneo da unidade, a assistente social, Jaqueline Amália Rovari, também assistente social. Segundo ela, as tipagens sanguíneas negativas são as mais necessitadas pela unidade de saúde, que além de atender a pacientes do município também é responsável por atender outros seis municípios: Selvíria, Água Clara, Brasilândia, Bataguassu, Santa Rita do Pardo e Inocência.

Apesar da recorrente necessidade, aproximadamente 30 pessoas, em média, vão à unidade interessadas no cadastramento e na doação sanguínea, mas estão impedidas. Geralmente por motivos de saúde, como baixa pressão arterial; peso abaixo do exigido, que é de 55 kg no Estado; hemoglobina baixa e aqueles que fizeram alguma tatuagem recentemente. “Em média, 300 pessoas circulam pelo Hemonúcleo interessadas em doar sangue, mas um terço delas acaba descobrindo no processo de triagem que não podem ou que naquele dia não estão em condições adequadas para a doação. Por exemplo, uma pessoa que é anêmica pode doar, vai depender do resultado de hemoglobina que apresentar no teste de triagem”, explica Jaqueline. O exemplo é semelhante ao que ocorreu com a operadora de máquinas, Patrícia Ozorio. “Fui até o Hemonúcleo e quando a funcionária aferiu minha pressão, apontou que estava abaixo do exigido e me dispensaram”, conta.

A coordenadora complementa relatando de casos mais recorrentes como pessoas que tiveram relação sexual sem uso de preservativo; quem teve dengue - essas tiveram que  aguardar por 30 dias e mais de seis meses no caso da hemorrágica - como foi o caso da administradora de empresas, Jane Mathias, doadora e que está temporariamente impedida por ter sido vítima de dengue hemorrágica.

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A estudante Geovana Batista também deseja doar, porém esbarra em um dos requisitos: peso mínimo. A dona de casa Regina Barbosa que acaba de tornar-se mãe e amamenta o bebê também não pode; ela terá de esperar até que a data do parto complete um ano. Mais um exemplo desta fatia de interessados em ajudar é o caso do seu Antonio Rodrigues que está temporariamente impossibilitado. “Sempre fui doador, mas uma toxoplasmose me impediu” – ele poderá voltar a doar um ano após a cura da doença ser comprovada laboratorialmente.

“No vermelho”

Com o objetivo de não fechar o estoque do mês “no vermelho”, o Hemonúcleo constantemente realiza campanhas que incentivam à doação. Neste mês, por exemplo, militares do Corpo de Bombeiros foram fortes colaboradores. “Entre junho e julho naturalmente o estoque tem queda, devido ao período de férias e a chegada do inverno. Mas nosso grande desafio é fidelizar nossos doadores”, pontua. A coordenadora ressalta que a unidade está engajada em elevar o número de doadores “assíduos”, aqueles que doam a cada quatro meses, para isso é preciso transformar os “regulares” – quem doa ao menos uma vez ao ano – em assíduos.

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