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Três Lagoas, 25 de abril

Resultado do descaso

Por Redação
14/07/2018 • 10h49
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Depois de lutar por mais de 30 anos contra o mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya, e perder consecutivas batalhas, o Brasil deve se preparar para uma guerra para enfrentar a temível volta do sarampo - uma doença considerada erradicada e que rendeu ao país um título internacional, outorgado pela Organização Mundial da Saúde, em 2016. Há também o risco da volta da poliomielite, mais um descaso, entre tantos.
O surgimento de casos positivos em estados do Norte acende o sinal de alerta entre autoridades de saúde e uma imensa interrogação entre os brasileiros que pensam este país. Como pode estes dois problemas ocorrer em um país que gasta um quarto de tudo o que gera em combate a doenças, prevenção e em pessoal? A resposta só pode ser o resultado do descaso. De quem? Das famílias. 

Os pais deixaram de vacinar suas crianças e não há nenhuma outra explicação para isso senão a de que deixaram de temer o risco de contágio de doenças que mutilam ou matam. 

Isto está comprovado em dados do ministério e das secretarias municipais da Saúde sobre o baixo índice de cobertura vacinal em campanhas consecutivas, como as realizadas contra a paralisia infantil, cada vez menor. Outro retrato do descaso foi o baixo índice de comparecimento das pessoas na vacinação contra a gripe. Nenhuma das faixas de vacinação de grupos prioritários teve índice alcançado.

O risco da volta do sarampo tão intenso quanto ao de mais uma epidemia de dengue na próxima temporada de chuvas deveria ser assunto do dia a dia, de todas as pessoas e em todo o país. Contudo, como também ocorre com outras tantas situações no país, as pessoas estão olhando o perigo com grande desdém, considerando que esse deve ser um problema dos outros, do vizinho, que nunca ocorre dentro de casa. 
A irresponsabilidade de pais precisa ser combatida com dureza para, no futuro, nenhum deles possa ser inocentado pela desculpa de que a doença ressurgiu pela chegada de estrangeiros da fronteira.

 

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