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Três Lagoas, 24 de abril

Sangue dourado! Silvânia Costa conta as horas para o nascimento de ‘Medalhista’

Grávida de intermináveis trinta e oito semanas, Silvânia está em Três Lagoas, na casa da mãe, dona Maria Eunice, onde aguarda ansiosamente pelo dia 15 de março

Por Redação
11/03/2017 • 14h00
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Medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, campeã mundial, recordista brasileira em duas modalidades diferentes, idealizadora de um projeto social e, muito em breve, mãe da Letícia e do João Guilherme. Ufa! Qualificar a paratleta três-lagoense Silvânia Costa fica, a cada ano que passa, mais difícil. Principalmente para quem ainda não conhece a história da vencedora do Prêmio Paralímpicos 2016.

Grávida de intermináveis trinta e oito semanas, Silvânia está em Três Lagoas, na casa da mãe, dona Maria Eunice, onde aguarda ansiosamente pelo dia 15 de março, dia do nascimento de um verdadeiro campeão paralímpico. “Sim, eu competi grávida de dois meses (risos). Fui descobrir minha gravidez no quarto mês de gestação! Já estava até de férias em Três Lagoas. O engraçado é que como eu sempre tive a alimentação regrada, dei uma exagerada nessas férias. Estava comendo McDonald’s, batata frita... e eu percebi que eu estava engordando além da conta (risos). Foi quando eu fiz os exames. Mas só fui anunciar a gravidez para o Brasil no palco do Prêmio Paralímpicos, uns três meses depois dos Jogos”, contou a paratleta em entrevista ao Jornal do Povo.

Aliás, o fato de ter disputado os Jogos Paralímpicos Rio 2016 grávida não assustou a atual campeã mundial de salto em distância na categoria T11 (para deficientes visuais). Muito pelo contrário. “Se eu tivesse engravidado depois dos Jogos, como eu planejava, eu não teria tempo para me preparar para o Mundial de Londres, agora em julho. Veio na hora certa”, comentou.

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O nascimento do mais ‘jovem campeão paralímpico de todos os tempos’, como já está sendo chamado João Guilherme, deve acontecer com pompas de uma verdadeira celebridade e promete contar com uma misteriosa, porém ilustre, presença. “Não posso contar ainda. Mas será ele que irá ‘medalhar’ o João assim eu que sair da maternidade”, despistou.

Por falar em medalhas, a estante da família tem tudo para continuar aumentando. Isso porque, além de Silvânia, a filha Letícia, de 11 anos, já começa a mostrar que o atletismo está realmente no sangue da família. “O engraçado é que de todas as modalidades que a Letícia disputou, ela acabou se destacando justamente no salto (risos). Chegou a ser campeã dos Jogos Escolares. É realmente uma família de saltadores”, afirmou.

Entre o nascimento do segundo filho e o Mundial de Londres, em julho, outro grande plano de Silvânia deve se concretizar. Trata-se do Instituto Silvânia Oliveira (como prefere ser chamada em Três Lagoas), projeto social idealizado pela medalhista paralímpica, que pretende tirar mais de 400 crianças da rua e encaminhá-las para o mundo do esporte.

“Eu sempre sonhei com esse projeto. Três Lagoas precisava disso! Já começamos a mexer com a documentação e, agora, estamos na fase de contratação de profissionais. Já temos grandes apoiadores e investidores. Acredito que até abril o Instituto Silvânia Oliveira já esteja funcionando. Começaremos com cerca de 400 crianças e teremos, a princípio, todas as modalidades de pista, como 100m rasos, salto, arremesso de peso e dardo... Enfim, a prioridade, neste início, é o atletismo”, revelou.

A implantação do Instituto Silvânia Oliveira em Três Lagoas não é por acaso. Afinal, foi nas pistas do estádio da ADEN, localizado na região central da cidade, que a atual recordista mundial de salto em distância na categoria T11 (5m46cm) deu os seus primeiros passos, ou melhor, saltos no atletismo. Fato esse que ‘criou’, segundo a paratleta, um carinho especial pelo município.

“Eu tenho uma certa preocupação com Três Lagoas porque eu comecei aqui. Eu conheço as dificuldades. Eu sei o que um atleta precisa para começar. Três Lagoas tem muitas crianças carentes e eu me apeguei a muitas delas. Então, nada melhor do que ajudar a minha cidade. Retribuir o que as pessoas dessa cidade fizeram por mim. Passei por tanta dificuldade na vida que eu não quero que as crianças do Instituto passem por isso”, finalizou.

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