RÁDIOS
Três Lagoas, 19 de abril

Saúde promove mutirão de cirurgia de catarata

Entre os pacientes atendidos estão dez pacientes que aguardavam na lista desde o ano de 2006

Por Redação
09/12/2008 • 06h05
Compartilhar

Noventa e sete pacientes encerram nesta semana o fim de anos de espera pela cirurgia de catarata em Três Lagoas. Nesta segunda-feira (8), o Centro de Cirurgia e Diagnóstico iniciou a terceira e última etapa do Mutirão de Cirurgia de Catarata deste ano, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Apoio Social aos Programas de Saúde, Tânia Aparecida Dobre Bitanti, a terceira fase será dividida em três dias (segunda, terça e quarta-feira) e conclui o número de cirurgias previsto para o mutirão deste ano. “O mutirão, cujo objetivo é atender esta demanda reprimida existente no CEM (Centro de Especialidades Médicas), foi dividido em três etapas, as duas primeiras aconteceram nos meses de outubro e novembro, e agora estamos encerrando com o total de 310 pacientes livres da doença”, destacou. Dos 97 pacientes que serão submetidos à cirurgia nesta semana, quatro tiveram que ser encaminhados a Campo Grande - onde eram realizadas todas as cirurgias antes do surgimento do mutirão. O encaminhamento aconteceu por se tratarem de situações mais graves – em que o grau da doença já estava em estágio bastante avançado.
Já entre estes pacientes operados na Cidade, está Wilson Comim, 78 anos. Acompanhado pela esposa, Maria Aparecida Comim, 74 anos, o aposentado aguardava ansioso a sua hora de entrar no centro cirúrgico. Ele conta que está aguardando a cirurgia há mais de um ano, mas convive com a doença há quatro anos, aproximadamente, “e não vê a hora de se livrar dela”, completa a esposa. De acordo com Comim, os sintomas mais graves está a falta de visão no olho esquerdo, afetado pela catarata. “Fica tudo embaçado, como se tivesse fumaça no meu olho. Às vezes tenho até que deitar por conta da sensação ruim que isto causa”, conta.
Mesmo feliz, Wilson não nega estar um pouco “receoso” com a cirurgia. “Sempre quando se fala em cirurgia, dá certo nervosismo, não é?!”. Mas, segundo Tânia, não há motivo para preocupação. A cirurgia é simples e rápida, explica ela. A média é tempo de permanência do paciente no centro cirúrgico é de sete a dez minutos, em casos mais graves. “E o paciente já sai com a lente de cristal e o colírio para pingar no olho operado nos dias seguintes”, conclui.
As cirurgias são realizadas pela equipe do médico oftalmologista Frâncicos Carlos Lopes, da cidade de Lucélia (SP), que venceu a licitação promovida pela Saúde. A necessidade de trazer profissionais de outros municípios é explicada pela coordenadora: “Nós temos oftalmologistas na Cidade, porém nenhum deles realiza cirurgias pelo SUS (Sistema Único de Saúde), por isso é encaminhado um convite a todos os profissionais e aberto o processo licitatório”.
Entre os pacientes atendidos nesta etapa estão dez pacientes que aguardavam na lista de espera desde o ano de 2006, no entanto, as três etapas do mutirão ainda não foram suficientes para atender toda a demanda reprimida. Já para 2009, cerca de 110 pacientes aguardam na lista de espera. “Muitos destes casos foram diagnosticados no mês passado, quando aconteceu o mutirão de consultas oftalmológicas no Centro de Especialidades Médicas (CEM). O importante é não permitir que o paciente aguarde por anos como antes. Para isto, existe o sistema de agendamento das cirurgias é realizado de acordo com o tempo de espera: os que estão na fila há mais tempo tem prioridade”, concluiu.
Atualmente, o custo de uma cirurgia de catarata pode variar de R$ 2 mil a até R$ 5 mil, dependendo do grau de avanço da doença. Na próxima terça-feira (16), os 97 pacientes que passaram pela cirurgia deverão se encaminhar ao CEM, onde acontecerão as consultas de retorno. Por enquanto, não há previsão de mutirões de cirurgia de catarata para o próximo ano.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de JPNews Três Lagoas