RÁDIOS
Três Lagoas, 18 de abril

Segunda concorrência do lixo prioriza menor preço, anuncia assessor jurídico

Luiz Henrique Gusmão, responsável pela área jurídica da Prefeitura de Três Lagoas, explica cancelamento de licitação original

Por Valdecir Cremon
22/04/2018 • 06h30
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Uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), que viu falha na definição de dois critérios na contratação de uma empresa para a coleta de lixo da cidade, por meio de concorrência pública, obrigou a Prefeitura de Três Lagoas cancelar a disputa original entre empresas pela coleta de lixo residencial e de hospitais e abriu nova licitação. A decisão foi tomada há uma semana.

O cancelamento foi adotado como abreviação de uma solução para o caso, a poucos menos de um mês do fim de um contrato emergencial, assinado com uma empresa que presta o serviço de coleta na cidade há 13 anos.

O assessor jurídico Luiz Henrique Gusmão disse em entrevista ao jornal “RCN Notícias”, da rádio Cultura FMN 106,5 MHz, que a decisão sobre um novo contrato - definido, agora, para valer por um ano - deve sair até o mês que vem. “Salvo se não houver impugnações por empresas concorrentes”, ressaltou.

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A preocupação do Executivo é não concluir a nova licitação dentro do prazo de vigência do contrato com a empresa atual. Se houver atrasos na licitação, disse o assessor, a prefeitura terá de aditar o contrato.

RCN - O processo licitatório foi feito com base na LEI nº 8.666?

Luiz Henrique Gusmão - O que foi feito não é ilegal. Foi uma interpretação que o município teve como parâmetro uma empresa imparcial, que disse que essa modalidade era possível para esse tipo de serviço, porque temos a manutenção de um aterro sanitário. Hoje não é qualquer qualificação que permite esse tipo de atividade. Então, nesse critério, entrou a técnica.

RCN - Daí essa licitação foi parar na Justiça?

Gusmão - A determinação da Justiça de Três Lagoas foi de uma linha e a do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul para que fosse retificado o edital. A determinação judicial foi para anular o edital. O município recorreu da decisão judicial. Entretanto, em razão desse imbróglio, a decisão administrativa foi no sentido de fazer uma nova licitação, pela modalidade de menor preço, contudo, pela concorrência pública, ou seja, vai ser demonstrada a composição de custo. Quando nós discutimos sobre a necessidade de emergencial, uma das empresas apresentou um preço menor, onde justificamos que o preço estava muito abaixo do praticado no mercado. Pelo preço que vinha sendo praticado no município vimos à possibilidade de risco para a execução do serviço  

RCN - A nova licitação já está aberta e as empresas que quiserem participar já podem?

Gusmão - Sim, as empresas que quiserem participar o edital já está disponível. É importante ressaltar que estamos lidando com uma prestação de serviço público relevante, que compromete saúde pública. Em outros municípios, temos acompanhado noticias onde há acúmulo de lixo e a prestação de serviço é suspensa. Temos que ter cuidado com isso.

RCN - Essa licitação não entra na PPP - Parceria Público- Privada?

Gusmão - Não. São situações distintas. Essa licitação é durante o tempo em que o município estará discutindo a possibilidade de adoção desta nova contratação pela Parceria Público- Privada, que terá uma audiência pública em maio. Essa licitação tem o prazo de 12 meses. Nesse período, a prefeitura vai definir a questão da PPP.

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