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Três Lagoas, 01 de maio
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Sem contorno

Confira o editorial do Jornal do Povo, na edição que circula neste sábado (23)

Por Redação
23/09/2017 • 10h06
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Esta semana o Superintendente do Dnit no Mato Grosso do Sul esteve em Três Lagoas. Se veio de carro, trafegou pela BR 262 e constatou o péssimo estado em que se encontra a rodovia que liga nossa cidade a capital. Aqui ele falou, explicou, deu algumas respostas e revelou que pelo menos até agora estamos sem um projeto executivo finalizado para o contorno rodoviário de Três Lagoas. O que temos até agora? Um estudo de viabilidade. Muito pouco levando em consideração a necessidade de se tirar da área urbana do município, o tráfego de caminhões e veículos de grande porte que dividem espaço com pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas. De concreto mesmo, apenas o anúncio de que em 2018 o governo federal inicie a recuperação do trecho mais afetado da rodovia da vergonha como vem sendo chamada a BR262 em seu pior trecho, o que liga nossa cidade à Água Clara.

Assim como vimos acontecer no período que antecedeu o início das obras da UFN3, os discursos são de que o “governo vai fazer” e como sempre, ouve-se a “garantia costumeira” de que a verba já está alocada e a empresa responsável pela execução do projeto, contratada. Estamos em setembro e a expectativa inicial é de que talvez as obras de recuperação possam ter início ano que vem. Até lá, temos que conviver com uma estrada perigosa e que deve piorar ainda mais com o início das chuvas. Ou seja: melhor redobrar a atenção ao volante quando trafegar pela 262. 

Mas voltando ao nosso contorno, importante destacar que apesar da importância econômica, de receber investimentos bilionários, de ganhar destaque como município gerador de postos de trabalho e de estar ganhando destaque internacional por abrigar a maior fábrica de celulose do planeta, o governo ainda não conseguiu concluir um simples projeto para desviar o fluxo de veículos pesados que dividem espaço com a população. Projetos como esse que ainda nem sabemos quando será finalizado no papel, já foram executados em diversos municípios do Mato Grosso do Sul e do país. Inexplicavelmente continuamos sem perspectiva, sem projeto e sem contorno.

Feitas as ponderações, é preciso ressaltar que o desenvolvimento cobra soluções rápidas do poder público. Três Lagoas é um destino importante de investidores nacionais e internacionais. Homens de negócio destinam recursos, geram emprego, renda e geram desenvolvimento aqui. Como contrapartida, quase sempre esperam poder contar com infraestrutura básica, estradas, hospitais, escolas e rodovias em condições de trafegabilidade. Pelo menos essa é a expectativa. Assim, é importante ficarmos de olho não apenas nas notícias positivas.

Precisamos nos atentar para as ações que precisam ser executadas para amenizar os problemas que enfrentamos diariamente. É preciso também que haja um posicionamento político forte, participativo e de resultados. Três Lagoas vem ganhando destaque constante nos mais diversos segmentos da economia e não pode continuar sendo submetida a segundo ou terceiro plano nas ações governamentais. Contorno rodoviário é obra pequena demais para continuar sendo tratada com descaso.

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