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Três Lagoas, 19 de abril

Sem fiscalização, comércio informal se prolifera na área central

Comerciantes formalizados reclamam da concorrência desleal praticada por vendedores ambulantes e pedem providências

Por Ana Cristina Santos
29/09/2018 • 10h00
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A falta de fiscalização rotineira faz com que vendedores ambulantes continuem comercializando os mais variados produtos na área central de Três Lagoas. Na rua Paranaíba, por exemplo, uma das principais vias do comércio, é até difícil de andar. Camelôs expõem produtos na calçada, dificultando a passagem de pedestres. 

Por lá se vende roupas, calçados, aparelhos eletrônicos, relógios e frutas, entre outras mercadorias. Quem não está gostando nem um pouco deste comércio informal são os lojistas da área central. Os ambulantes param bem em frente às lojas e chegam a vender os mesmos produtos por preços mais baratos, já que não recolhem impostos, conforme diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sueide Silva Torres.

Nesta semana, representantes do comércio se reuniram para discutir o problema que já se arrasta há anos. A justificativa da prefeitura da cidade para combater o comércio ilegal sempre foi o número reduzido de fiscais. Agora, a administração diz ser necessário um convênio com a Polícia Militar para a fiscalização ter resultado. 

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“É a novela mais longa que já vi. Já enviamos placas, fotos, e as autoridades sabem quem são essas pessoas, mas não tomam providências. E quando providencias são tomadas, existem a possibilidade de o contraventor conseguir sua mercadoria de volta. É difícil, porque os comerciantes pagam aluguel, impostos, água, luz... como fazer? o camarada vem na porta da loja, vende o mesmo produto, faz concorrência e está tudo certo? Alguma coisa de errado nessa história toda. Já faz tempo, e até agora nada”, apontou Sueide. 

Ainda de acordo com o presidente do sindicato, antigamente o perímetro para venda dos ambulantes era maior, depois foi reduzido. “A legislação diz que tem um perímetro que os ambulantes podem utilizar, mas diminuíram, o que proporcionou tudo isso que está acontecendo, hoje eles estão praticamente dentro do centro comercial”, disse. 

Pela legislação, o espaço proibido para a comercialização de produtos por ambulantes, compreende o quadrilátero entre as ruas Elmano Soares, João Carrato, Bruno Garcia e avenida Rosário Congro. A prefeitura chegou cogitar a possibilidade de ampliação desse espaço, mas até hoje isso não ocorreu.

 

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