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Três Lagoas, 28 de março

Sinted aguarda estudo para definir proposta de reajuste

Negociação salarial entre o Sindicato dos Trabalhadores e prefeitura prossegue sem acordo

Por Ana Cristina Santos
13/05/2017 • 08h21
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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) de Três Lagoas fará um estudo para definir o encaminhamento da categoria em relação à proposta de reajuste salarial oferecida pela administração municipal.

A categoria aguarda o reajuste de 7,64%- percentual estabelecido pelo Piso Salarial Nacional, que deveria ser concedido desde janeiro aos professores. O que estaria “emperrando” a negociação que ocorre desde fevereiro, é uma ação movida pelo Sinted contra a administração municipal, cuja Justiça deu ganho de causa ao sindicato, obrigando o município a pagar um percentual para 20 horas/aula.

Nesta semana, mais uma rodada de negociação foi realizada entre o sindicato e prefeitura. A Secretaria de Finanças, Receita e Controle apresentou uma proposta de novo escalonamento. O índice de reajuste deverá acompanhar uma situação financeira, conforme a previsão orçamentária anual, levando em conta o indexador econômico para sua composição. Essa taxa de aumento será considerada sobre o piso nacional atualizado, evoluindo gradativamente.

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A proposta da prefeitura leva em conta o pagamento referente ao ano de 2017, incluindo o retroativo que será dissolvido nos próximos oito meses. Segundo o secretário de Finanças, Cassiano Maia, a intenção da administração é fazer cumprir a lei sem lesar o orçamento e, principalmente evitar que o quadro seja diminuído. “Nós queremos o melhor pra todos, evitar demissões e, principalmente contratar novos servidores para compor o quadro da educação”, ressaltou.

Atualmente o salário dos profissionais da Rede Municipal de Educação de Três Lagoas, segundo a prefeitura, está 18% acima do piso nacional, o que coloca o município entre os melhores salários da classe no Estado. Com a aplicação do índice de 5%, baseado no crescimento orçamentário anual, a proposta colocaria Três Lagoas com um salário 23% acima do mínimo indicado pra esse ano, para uma jornada de 20 horas semanais. 

A intenção, segundo a administração, é aumentar gradativamente esses números até atingir o índice de 51% acima do piso nacional, até alcançar o limite da lei.

A presidente do Sinted, Maria Laura Castro, disse que existe certa divergência em relação à forma de aplicação desse escalonamento. Por esse motivo, o sindicato fará um estudo sobre essa questão antes de definir o encaminhamento. Maria Laura, porém, já adiantou que a categoria não abre mão da valorização salarial conquista. Não descartou, inclusive, a possibilidade de greve, caso não chegue a um acordo com a administração. 

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