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Três Lagoas, 28 de março

Sitrel apresenta estudo de impactos ambientais

Entre os integrantes da mesa, estava, como convidada a prefeita Simone Tebet (PMDB)

Por Redação
13/12/2008 • 06h22
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Os impactos ambientais (positivos e negativos) da instalação da Siderúrgica Três Lagoas (Sitrel) foram apresentados e debatidos entre empresários, técnicos ambientais e poder público na noite de quinta-feira (11). A audiência pública, prevista na legislação ambiental para a liberação, ou não, da licença ambiental, contou com a apresentação do projeto de construção do empreendimento e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e ações compensatórias e ações ambientais.
O número de participantes foi menor que o esperado. Em meio à platéia diversas cadeiras ficaram vazias, no entanto, pelo levantamento realizado pela organização, a audiência atingiu mais de 300 participantes – índice mínimo para sua validade no processo.
Entre os integrantes da mesa, estava, como convidada a prefeita Simone Tebet (PMDB), que defendeu a importância do empreendimento para o Município. De acordo com ela, este é o segundo maior investimento realizado de toda a história de Três Lagoas. “Estamos falando de uma indústria base, que atrairá mais indústrias menores e, além disso, aumentará o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a riqueza do Município em mais de 100%. É claro que os impactos negativos têm de ser avaliados, principalmente os sociais (habitação, segurança, saúde), que eu tenho certeza que contaremos com o apoio total do governador e com os projetos de compensação ambiental. Mas em contrapartida, tenho certeza que também que os impactos positivos serão bem maiores”, declarou.
Da mesma opinião compartilha o vice-presidente da Sitrel, Sérgio de Moraes. Em sua apresentação, ele afirmou: “Não haverá impacto porque nossas ações estão projetadas para invalidar qualquer degradação ao meio ambiente. O nosso projeto é feito com responsabilidade social”.

NEGATIVOS


Entre os impactos ambientais, o RIMA prevê a geração de resíduos sólidos; emissões atmosféricas e alteração no nível de ruídos, o que para Moraes, todas já contam com ações mitigadoras. Para a questão da geração de resíduos, a empresa prevê o armazenamento dos resíduos não aproveitados e depois a venda para fábricas de cimento ou cerâmica. Já para as emissões, o vice-presidente explica que o empreendimento contará com equipamentos de ponta para a diminuição da emissão de particulados e também um sistema de despoeiramento do ar. Além disso, o projeto prevê a reutilização da água. “Todas estas soluções ambientais também estão ligados ao fator econômico. Com elas, nós conseguimos reduzir o custo de operação da unidade. Por exemplo, a questão da água. Reutilizando a água, não precisaremos furar mais poços”. Além do reuso da água, a empresa também prevê a recuperação das águas pluviais.

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POSITIVOS


A Siderúrgica conta com um investimento inicial de R$ 800 milhões. Deste valor, 0,5% é destinado a obras de compensação social, cujo destino é ditado pelo IMASUL. Conforme Sérgio de Moraes, a construção do empreendimento já tem data para iniciar: abril de 2010. O empreendimento deverá abrir, no “pico da construção” cerca de sete mil postos de trabalho, principalmente na área de construção civil. Depois, o número de funcionários será de três mil postos – mil diretos e dois mil indiretos. “Além disso, a Sitrel é uma indústria base. Ela irá produzir aço para outras empresas, que serão atraídas para Três Lagoas também, aumentando assim a economia do Município”. A Sitrel será instalada na Fazenda Paraíso, situada no km 27 da BR 262. A primeira etapa de produção será de 550 mil toneladas/ano, que deverá dobrar até 2015. Sérgio afirmou que a indústria tem data para começar a produzir: 27 de julho de 2011. O escoamento da produção será realizado por meio de transporte rodo e ferroviário.

 

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