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Três Lagoas, 23 de abril

‘Sul-mato-grossenses devem ficar atentos ao coronavírus’, adverte especialista

Biomédico fala sobre letalidade de vírus que matou centenas de pessoas na China e atinge ao menos 19 países em menos de dois meses

Por Loraine França
02/02/2020 • 06h55
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A China e o mundo voltaram suas preocupações nesta semana ao coronavírus que já vitimou 170 pessoas no país asiático e tem casos confirmados em outros 19. No Brasil, 9 suspeitas são investigadas pelo Ministério da Saúde nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais. Nenhum caso foi notificado em Mato Grosso do Sul mas, segundo o biomédico e professor Maicon Leitão, é preciso que o estado fique atento ao novo vírus. “Medidas já foram tomadas a nível nacional em portos e aeroporto. Nosso aeroporto [Campo Grande] também já tomou essas medidas de manter a população informada se sentirmos sintomas”. 

Para ser considerada como suspeita de ter coronavírus, a pessoa deve ser encaixar em critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Confira na entrevista quais são esses critérios.

Os sul-mato-grossenses precisam se preocupar com o vírus?

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Acredito que assim como todo o mundo está se preocupando, é lógico que nós do estado temos que estar atentos. De que maneira? De acordo com as prerrogativas da OMS e do Ministério da Saúde. Então, esses cuidados de estamos sempre informados. Medidas já foram tomadas a nível nacional em portos e aeroporto. Nosso aeroporto [Campo Grande] também já tomou essas medidas de manter a população informada se sentirmos sintomas. O que fazer para evitar que a pessoa realmente tenha a doença e o vírus se espalhe.

Quais os sintomas?

A OMS liberou os critérios de inclusão das pessoas que podem estar com o coronavírus. Esses critérios obedecem uma ordem epidemiológica e uma clínica. Primeiramente, a pessoa tem que ter o sinal clínico que é febre e, principalmente, alguma alteração respiratória como tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar. Tendo os sinais clínicos é preciso que essa pessoa se encaixe em um dos sinais epidemiológicos. Primeiramente, é a pessoa ter viajado às regiões locais onde ocorre transmissão pessoa-pessoa nos últimos 14 dias. O segundo sinal seria a pessoa ter contato com alguém suspeito da doença e, o terceiro, a pessoa ter tido contato com alguém que tenha a certeza da doença. 

Há tratamento?

Não tem um tratamento específico ou tratamento que é recomendado pela OMS e pelo Ministério da Saúde, que é aquele de acordo com os sintomas da pessoa. Então, se ela tem febre, vai tratar a febre, dor de cabeça, um mal-estar. Não tem nada específico para essa nova espécie de coronavírus. Uma vacina está sendo elaborada e acredita-se que nos próximos meses possa estar disponível. 

Qual a origem do vírus?

As pesquisas têm demonstrado que o material genético desse novo coronavírus é muito similar a espécies silvestres de morcegos e cobra. Então, acredita-se que sim, tenha vindo de algum animal silvestres que tenha tido contato na área urbana. Saiu uma notificação da OMS que, possivelmente o vírus não tenha surgido ali naquele local de frutos marinhos como se acreditava. Então, pode ser que esse vírus foi levado até esse local e dali propagado para diversas pessoas. Então, eles estão seguindo esse rastro, seguindo esse caminho, até chegar ao local para que possam ser tomadas medidas preventivas mais eficazes.

 

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