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Três Lagoas, 19 de abril

Suzano não confirma instalação de fábrica em Ribas

Gigante da celulose aguarda melhora do mercado mundial para erguer nova planta

Por Valdecir Cremon
25/12/2019 • 09h24
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Não será em 2020 que a Suzano deverá iniciar a construção de uma indústria em Ribas do Rio Pardo, mesmo com a compra de uma licença de instalação da unidade com capacidade para produzir até 2,2 milhões de toneladas por ano, anunciada ao mercado no início de dezembro. O destravamento da planta que é projetada desde 2012 depende da movimentação do mercado mundial de celulose e da redução do endividamento da empresa.

Segundo a companhia, o investimento para a unidade faz parte dos planos de 2019 e 2020, mas está pendente de pagamento, junto com cerca de 100 mil hectares de terras em Mato Grosso do Sul. Os valores não foram revelados.

Em nota ao mercado, a empresa afirma a aquisição "representa importante opcionalidade de crescimento para a companhia". Se confirmado, o projeto de Ribas marcará a instalação da quarta fábrica de celulose no Estado.

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Antes disso, a Suzano aguarda uma redução dos volumes de estoques de celulose, que hoje estão em cerca de três milhões de toneladas - o dobro da média histórica anual da empresa - com o aumento do consumo do produto na China, seu principal comprador. Também espera por resultados de uma estratégia para reduzir de US$ 13 bilhões para US$ 10 bilhões a dívida da companhia.

Nesta semana, a companhia revelou a venda de 14 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto, em São Paulo, por R$ 400 milhões, à rival Klabin, com pagamento previsto para ser concluído até 2026. Ainda, outros R$ 600 milhões de ativos florestais devem ser negociados.

As ações da Suzano estão em R$ 38 e a tonelada de celulose a US$ 450, segundo analistas dos bancos BTG Pactual e Bradesco.

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