RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

TJ determina nova licitação para serviço de coleta do lixo em Três Lagoas

Edital aberto no ano passado foi cancelado por conter ilegalidades, segundo decisão judicial

Por Ana Cristina Santos
13/02/2019 • 11h00
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O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ/MS) determinou que a Prefeitura de Três Lagoas providencie nova licitação para a contratação de empresa  para fazer a coleta de lixo na cidade. O edital aberto em abril do ano passado foi cancelado por conter ilegalidades, segundo o TJ, que confirmou decisão de primeira instância.

 A decisão é fruto de ação civil pública movida pela ONG Gestores Sociais de Três Lagoas, que solicitou o cancelamento da licitação para a contratação de serviço de coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares e comerciais, bem como de materiais recicláveis.

A Justiça questiona que, “Se o aterro sanitário para o qual o município obteve licença do Imasul, não está habilitado para o recebimento de resíduos da construção civil, não é possível que a sua coleta, transporte e disposição final, sejam feitas juntamente com os resíduos sólidos domiciliares e comerciais”.

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Uma das ilegalidades apontadas refere-se ao edital que previu que a quantidade de resíduos a ser destinado ao aterro é no montante aproximado de 99 toneladas /dia, quantidade esta superior à capacidade prevista na Licença Operação.

O serviço de coleta de lixo em Três Lagoas tem sido alvo de vários questionamentos, inclusive com outras ações na Justiça, principalmente no que se refere ao tempo em que a Financial Ambiental atua no município. Desde 2006 a empresa é a responsável pelo serviço na cidade.

A coleta tem sido realizada por meio de contratos emergenciais. O último foi renovado pelo valor de R$ 6,9 milhões.

O serviço de coleta de lixo em Três Lagoas culminou com a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores, no ano passado. No relatório final, que foi arquivado, a comissão solicitou que a prefeitura abrisse urgentemente nova licitação. No documento, no entanto, os vereadores entenderem que não houve improbidade administrativa por parte do Executivo Municipal.

 Na sessão desta terça-feira (12), o vereador Gilmar Garcia Tosta (PSB), que foi o relator da comissão, usou a tribuna para falar da decisão do Tribunal de Justiça.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o edital em discussão foi cancelado  e um novo processo licitatório já está em fase de elaboração para ser publicado.

 

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