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Três Lagoas, 19 de abril

TLC. Das festas à ruína

Jornal do Povo mostra história do Três Lagoas Clube

Por Ana Cristina Santos
12/08/2019 • 09h09
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Três Lagoas já teve um dos mais chiques e respeitados clubes sociais do Estado. O TLC, palco de lazer, festas e eventos importantes, está abandonado e se deteriorando há anos. 

Quem passa no quadrilátero das ruas Generoso Siqueira, Egídio Thomé, Elmano Soares e Josino da Cunha Viana, no bairro Vila Nova, zona Norte da cidade, nem imagina que o clube recebeu artistas consagrados e que, em seu auge, era frequentado pela elite três-lagoense. O Jornal do Povo acompanhou o clube desde a construção da sede, os tempos de glórias e a ruína de hoje.

Na edição de abril de 1982, o JP noticiava que eram vendidos os primeiros 800 títulos para a construção da sede do clube, que até então funcionava em um prédio sem estrutura, na avenida Antônio Trajano, no centro.

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O presidente do clube e que idealizou a construção do atual imóvel, era Miguel Jorge Tabox, que anos depois, se tornaria prefeito de Três Lagoas. Na época, a diretoria entendia que a cidade necessitava de um clube a altura de seu desenvolvimento e importância.
Em novembro de 1983, o Jornal do Povo também noticiou a inauguração do clube, que teve a presença do então governador Wilson Barbosa Martins, do vice, Ramez Tebet, e do então deputado estadual Akira Otsubo.

Em maio de 2010, o JP divulgou que o TLC estava afundado em dívidas era arrematado em leilão da Justiça por R$ 750 mil. O pregão atraiu 13 interessados e a área de 7,5 mil m², situada em uma das regiões mais valorizadas de Três Lagoas, foi comprada empresário Joaquim Romero Barbosa. 

Em março de 2012, o Jornal do Povo noticiou que outro empresário havia comprado o imóvel por R$ 2,5 milhões, no final de 2011, com a pretensão de reativar o clube. A nova venda só foi possível após o juiz substituto do Trabalho, Gustavo Doreto Rodrigues, decidir pela nulidade do leilão de arrematação, de 2010, por considerar que houve falhas.

O clube foi a leilão após muitas outras ações na Justiça e pela cobrança de dívidas trabalhistas herdadas pelos últimos administradores.
Em maio de 2013, o JP publicou que a sede da prefeitura poderia ser transferida para o prédio do antigo TLC e que a administração municipal planejava alugar o imóvel. Essa possibilidade surgiu em razão da necessidade de a prefeitura abrigar várias repartições em um único prédio. Outro fator é que o TLC possuía uma dívida de IPTU no valor de quase R$ 400 mil. A ideia era a prefeitura alugar o prédio em troca da dívida.

Entretanto, passado todo esse período desde a desativação, até essas pretensões para ocupação nada foi feito e o imóvel continua abandonado, servindo apenas de recordação por meio de fotografias de grandes eventos, como os tão famosos bailes de Carnaval...

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