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Três Lagoas, 26 de abril

Trabalhadores das fábricas têm chance de rever a família

Das centenas de mulheres que trabalham no complexo industrial VCP/IP, poucas puderam sair

Por Léo Lima
24/12/2008 • 06h00
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Uma das aproximadamente das centenas de mulheres que trabalham no complexo industrial VCP/IP, a jovem Vivian de Souza, 25 anos, só era alegria e satisfação em ter conseguido carona para viajar à sua cidade, no triângulo Mineiro, onde vai rever a mãe Marluce, o pai Antônio, a irmã Gisele, enfim seus familiares e também os amigos que deixou há pouco tempo – dois meses e meio. Técnica em Segurança no Trabalho, ela viajou no dia 19 passado para passar o Natal com a família em Uberaba, Minas Gerais, devendo retornar somente na próxima sexta-feira (26), para reassumir suas atividades no canteiro de obras. “Meu chefe ficou e quando eu chegar é ele quem vai rever a família”, disse ela, enquanto afivelava as malas para a viagem.
Vivian tinha estampado no rosto o contentamento não somente por que, desde outubro, não via os amigos e familiares. “Quando chegar vou conhecer e batizar minha afilhada Amanda, que não tem nem um mês de vida, filha de minha prima Flávia”, anunciou, com os olhos cheios de emoção.
Assim como a jovem Vivian a maioria das pessoas que vieram de fora para integrar o quadro laboral do complexo industrial teve chance este ano de retornar à origem no período natalino. Funcionária da Palmont (empreiteira que presta serviços para a VCP), Vivian se formou técnica na área em 2007 e logo conseguiu uma contratação. Mora em Uberaba, no bairro Leblon, há 20 anos, mas nasceu paulista. “Fui pequena para Minas e me considero mineira”, concluiu.
Ela também é uma das pessoas que se amontoam, quando não estão em serviço, nas “lan houses” da Cidade, para se comunicar com familiares e amigos. “Quase todas as noites e especialmente nos finais de semana, a gente vem aqui [cyber em frente à rodoviária, próximo onde mora] e passa algumas horas em contato com nosso pessoal”, contou, saudosa, Vivian.

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