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Três Lagoas, 25 de abril

Trabalhadores em educação podem entrar em greve

Sem avanço nas negociações com o governo do Estado, servidores podem paralisar por tempo indeterminado

Por Ana Cristina Santos
04/04/2018 • 08h51
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Os servidores administrativos em educação do Mato Grosso do Sul podem entrar em greve nos próximos dias. Na sexta-feira (6), a Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetems) realiza assembleia geral para deliberação da greve se as negociações não avançarem.

 De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas (Sinted), Maria Laura Castro, o resultado da greve vai impactar em alunos sem merenda e escolas sem a limpeza diária.

Em todo o Estado, são seis mil servidores administrativos que trabalham nas secretarias , na limpeza das escolas e nas cozinhas fazendo merenda. “Os trabalhadores não gostariam que acontecesse dessa forma com greve, mas devido ao descaso do governo, o último recurso é parar”, destacou Maria Laura.

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Nesta terça-feira (3) foi realizada uma audiência pública com os trabalhadores administrativos da Rede Estadual, em Campo Grande, na Assembleia Legislativa, mas as negociações não avançaram.

O governo do Estado ofereceu um reajuste de 3,04% para todos os servidores, o que não agradou os administrativos em educação que alegam não ter reajuste desde 2015. O governo apresentou uma contraposta referente ao abono salarial dos servidores, mas segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD), Édio Viegas, no momento é impossível atender.

Segundo Maria Laura, a proposta do governo é continuar com o abono pelos próximos 12 meses sem incorporação salarial. Em abril do ano que vem o valor poderia ser incorporado integralmente no salário e seria assegurado aos servidores por meio de uma emenda ou projeto de lei. Também está previsto um concurso para professores e administrativos até junho deste ano.

A proposta foi recusada pelos trabalhadores que pedem que seja incorporado o abono imediatamente e integralmente no vencimento base. Os administrativos recebem hoje R$ 829 e o valor do abono é de R$ 200.

A presidente do Sinted adiantou que os servidores poderão entrar em greve se o governo não melhorar a proposta.

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