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Três Lagoas, 20 de abril

Três lagoas fecha mais de 200 vagas de trabalho

Caged apontou o fechamento de mais de 250 postos de trabalho no mês passado

Por Redação
24/11/2012 • 11h16
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Três Lagoas encerrou o mês de outubro com o pior resultado no que se refere à geração de empregos formais em Mato Grosso do Sul. A conclusão é baseada nos dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que faz o levantamento da evolução do emprego formal nos municípios brasileiros com mais de 30 mil habitantes.

No Estado, apenas dez municípios entram na listagem. Três Lagoas ficou na décima (e última) colocação, sendo, ao lado de Naviraí, as únicas duas cidades que não atingiram saldos negativos.. Conforme o Caged, no mês passado, 1.722 trabalhadores foram contratados com carteira assinada no município. Em contrapartida, outras 1.981 pessoas foram demitidas, o que corresponde a um saldo negativo de 259 vagas.
 
O resultado foi pior do que no mês anterior. Em setembro, a cidade havia fechado 32 postos de trabalho (foram contratadas 1.931 pessoas, mas outras 1.963 foram demitidas). Isso fez com que, na época, o município caísse das primeiras e segundas colocações, postos que vinha ocupando desde o começo do ano, para o nono lugar, à frente apenas de Naviraí, onde foram fechados 89 postos de trabalho, segundo o ranking do Caged.
 
Segundo o coordenador do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (Ciat), Ivan Alkmin, o saldo do mês de outubro é reflexo do término das obras de construção da fábrica da Eldorado Brasil (celulose). “Trata-se de uma situação que já era esperada pelo mercado local. Com o término das obras, inicia-se o processo de demissão dos funcionários da construção civil para iniciar uma nova etapa. Em 2008, também vivemos essa mesma situação com a conclusão da Fibria e da International Paper”, disse. E a previsão não é nada animadora para este mês. Para o coordenador, há grandes chances de a cidade fechar o mês de novembro também com saldo negativo.
 
CIAT
O Ciat retomou os atendimentos parcialmente na semana passada. O órgão estava fechado desde o dia 25 do mês passado por conta de um furto dentro da antiga unidade e o processo de mudança para a nova sede. “Mesmo sem ar-condicionado ou telefone, estamos realizando um mutirão para atender aos trabalhadores que precisam dar entrada no seguro desemprego”. O número de atendimentos tem sido de 90 por dia para tentar reduzir a demanda existente. Conforme o coordenador, nesse período, foram agilizados 600 benefícios. Ainda resta a média de 400 para dar entrada. A previsão é de que este trabalho seja concluído até dezembro. Dentro de dez dias, a agência também deverá retomar o trabalho de colocação no mercado de trabalho.
 
No acumulado do ano, município ainda está “no positivo”
Os resultados de setembro e outubro, porém, não foram suficientes para fazer com que o mercado de trabalho três-lagoense ficasse no vermelho no acumulado do ano. De janeiro a setembro, o município foi responsável pela colocação de 2.912 pessoas no mercado formal (com carteira assinada). No ano, foram 20.342 admitidos contra 17.520 desligados. O setor com maior saldo foi o da construção civil, com 1.852 novos empregos gerados neste ano. Em seguida, aparece o de serviços, com 470 novos postos. A indústria da transformação ficou em terceiro no ranking, com 356 novos empregos com carteira assinada. 
 
Entre as ocupações com maiores saldos, destacam-se as de servente de obras (salário de R$ 859,9), com 457 novos empregos; operador de colhedor florestal (R$ 1.061,82), 244 empregos, e eletricistas de instalações (R$ 1.178,04) com 216 novas vagas. Já entre as ocupações que mais demitiram estão mecânico de manutenção de máquinas em geral (salário de R$ 1.070,12), com 126 postos fechados; carpinteiro (R$ 1.085,61), com 102 negativos, e trabalhador agropecuário em geral (R$ 901,44), com 99 postos de trabalho fechados.

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