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Três Lagoas, 25 de abril

Três Lagoas possui seis pontos críticos de alagamentos

Para resolver o problema seriam necessários R$ 120 milhões

Por Kelly Martins
16/01/2016 • 11h18
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A cidade de Três Lagoas conta com seis pontos críticos de alagamentos e que ocasionam problemas aos moradores durante o período de chuvas. A problemática já se arrasta há anos no município e seriam necessários, pelo menos, R$ 120 milhões para sanar a questão com rede de drenagem, como prevê a Prefeitura Municipal. 
Dessa forma, moradores dos bairros Paranapungá, Vila Alegre, Santa Rita, Alvorada, Jardim Dourados e de trechos da rua Paranaíba podem enfrentar novamente inundações e terem as casas invadidas pela água das chuvas, como ocorreu no ano anterior. Em fevereiro de 2015 os mesmos bairros e também outras localidades ficaram alagados durante uma forte chuva que caiu sobre a cidade. 
Apesar de a situação ser registrada em vários pontos, um levantamento da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação aponta que os seis bairros são considerados os mais problemáticos com o acúmulo de águas pluviais e a falta de escoamento.
“É um problema antigo do município, que só vai se resolver com a drenagem. Para isso, são necessários R$ 120 milhões, valor que o Executivo não dispõe e deverá ser obtido por meio de verbas federais”, pontuou o secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Antônio Rialino Medeiros. 
O montante corresponde a 27% dos R$ 432 milhões previstos na proposta orçamentária de Três Lagoas para 2016. O secretário alega que a prefeitura não tem recurso próprio para a obra de drenagem e depende do governo federal ao longo deste ano. 
Para tentar evitar alagamentos, Rialino disse que foi feito limpeza das bocas de lobo, obstrução de bueiros, uso de maquinários para limpeza de terrenos baldios e das vias. “Temos uma equipe da secretaria só para fazer esses serviços e o monitoramento dos bairros. Contudo, há lugares que não têm como fazer qualquer tipo de serviço porque pode prejudicar o morador e contribuir para que a casa dele seja invadida pela água, por exemplo”, observou.
Para quem já teve a casa invadida pela água o medo é sempre presente. É o que declarou a aposentada Vandimar Assunção, de 60 anos, que reside há mais de dez anos no bairro Jardim Alvorada. Ela relatou que constantemente a residência é inundada e que já perdeu vários móveis.
“Eu não tenho mais nada. Já foi embora um jogo de sofá, um armário e o que está aqui dentro é da minha filha. A água acabou com tudo. São dez anos carregando baldes cheios de água de dentro para fora”, contou. 
O volume de água foi tão intenso no último ano, de acordo com ela, que ultrapassou o colchão da cama. Para prevenir, muitos móveis e até roupas já estão suspensos pela casa para não ser carregados pela chuva.
O estudante Igor Estevam, de 16 anos, também morador da região, disse que enfrenta o mesmo problema com os alagamentos e que teve a casa inundada em 2015. Ressaltou ainda que a prefeitura realiza apenas a limpeza da rua. 
Os primeiros dias de janeiro alcançaram mais de 70% das chuvas previstas para todo o mês do previsto para o período. A média era de  215mm, mas até ontem, já havia chovido151 mm.

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