Acidentes envolvendo animais peçonhentos, como escorpiões, cobras, abelhas, aranhas, registrados até julho deste ano, em Três Lagoas, já representam 87% do total de ocorrências contabilizadas em todo o ano passado. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), foram 215 casos notificados no município entre os meses de janeiro e julho, e 246 no ano anterior.
O número é considerado alto e pode estar aliado à falta de conscientização da população. O coordenador do CCZ, Alexandre Gorga, pontua que a conscientização dos moradores quanto às medidas de proteção individual é o principal alvo para reduzir este índice. Isso porque a situação se agrava por conta de lixo acumulado, mato, principalmente, quando estão em terrenos baldios, áreas abandonadas.
O levantando feito pelo CCZ aponta que a maioria das ocorrências foi em residências próximas a terrenos abandonados. Estão na lista diversos pontos, como Paranapungá, Alvorada, Vila Nova, Vila Verde, Santa Luzia, Santa Teresinha, entre outros. Acidentes com animais peçonhentos ocorreram também em áreas rurais, como o Cinturão Verde, ranchos e fazendas.
“É importante que as pessoas mantenham a casa limpa, terrenos, e se houver algum acidente com esses animais, é importante que procure imediatamente o CCZ e uma unidade de saúde. Nossos servidores fazem o recolhimento do animal até para verificar qual é o tipo e se é venenoso, como o escorpião, por exemplo”, explicou o coordenador.
Casos
Dados revelam que, em Três Lagoas, 29% dos casos registrados são acidentes envolvendo abelhas e 21% escorpiões. Tem se tornado comum em alguns bairros ataques de abelhas. No último mês, a equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada por moradores no Residencial Novo Oeste. Eles alegavam que eram atacados por maribondos quando estavam no pátio.
Conforme o CCZ, o 'tityus serrulatus', conhecido popularmente como escorpião-amarelo, é a principal espécie que causa acidentes graves e é encontrada em Três Lagoas. Ele se aloja na rede de esgoto, entulhos e materiais de construção.