RÁDIOS
Três Lagoas, 19 de abril

Tribunal nega pedido para cabeleireira cumprir prisão domiciliar

Joice Espíndola é acusada de matar Camilo de Freitas a facada em maio deste ano

Por Ana Cristina Santos
19/07/2018 • 16h20
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O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ/MS) negou pedido de liminar apresentado pela defesa da cabeleireira Joice Espíndola da Silva, de 35 anos, para cumprimento de prisão domiciliar. Joice é acusada de matar Camilo de Freitas, de 28 anos, a facada, no dia 20 de maio, em Três Lagoas.

No mês passado, o juiz da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rodrigo Pedrini Marcos, também havia indeferido o pedido da defesa para que a cabeleireira pudesse aguardar o julgamento do crime m liberdade.

A defesa da cabeleireira pediu revogação da prisão preventiva para domiciliar, sob a alegação de que Joice tem três filhos - de 11, 16 e 18 anos - que dependeriam econômica e psicologicamente de sua companhia diária. Isto, segundo a defesa, "faria jus à prisão domiciliar".

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O Ministério Público de Três Lagoas, no entanto, manifestou contra, o que foi aceito pelo juiz.  A defesa de Joice recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça, que também não aceitou o pedido de liminar. Entretanto, ainda vai analisar o mérito do pedido para que ela possa cumprir pena domiciliar.

O Tribunal já iniciou a análise do processo, mas um dos desembargadores solicitou vistas. A sessão para a conclusão do julgamento que estava prevista para a semana que vem, foi adiada para 14 de agosto.

CASO

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela polícia, o homicídio teria ocorrido após uma briga entre Camilo e a esposa, Larissa Laís de Souza Fontoura, de 23 anos.

O crime ocorreu, segundo informações iniciais divulgadas pela polícia, quando Joice teria tentado defender a esposa de Camilo, que também teria sido agredido por um filho da acusada.

A esposa de Camilo , no entanto , tem outra versão. Em depoimento ao delegado , Larissa contou que no dia do crime, ambos discutiam devido ao excesso de velocidade em que ele dirigia o carro, e que  teria ficado com medo, devido à filha pequena que estava junto. Por isso, pediu para dirigir.

Ainda de acordo com o depoimento, o casal voltava de uma confraternização em família e o marido teria decidido passar em uma festa de amigos, antes de voltarem para casa. Segundo ela, Camilo teria parado o veículo, após ser repreendido pela jovem por passar correndo em um obstáculo.

“Eu saí do carro e quando ele (o marido) me pegou pelo braço e pediu para eu voltar, a cabeleireira parou o carro, desceu com outros três rapazes e veio brigar com ele. O Camilo disse: ‘Quem é esta vagabunda? O que ela tem a ver com nossa vida?’ e ela sorriu e falou: ‘Vagabunda é? Você vai ver quem é’ e foi ao carro pegar a faca”, disse Larissa à reportagem, dia após o crime.

Larissa disse que Joice teve ajuda do filho e também de outro desconhecido, que teria segurado Camilo, para que a suposta assassina o golpeasse.

Joice está presa no presídio feminino de Três Lagoas.

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