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Três Lagoas, 28 de março

UFMS. Medidas para se livrar de um ranking

Leia a edição especial de comemoração aos 70 anos do Jornal do Povo

Por Valdecir Cremon
20/07/2019 • 10h46
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Para se livrar de uma incômoda colocação na sempre suspeita classificação de qualidade de ensino das universidades públicas, a UFMS inaugurou, em 1995, um prédio para a instalação de cursos e ampliação de vagas para estudantes. A universidade seria a segunda pior do país em qualidade de ensino. O prédio fazia parte do Centro Universitário de Três Lagoas, com previsão de ser ocupado por turmas de Matemática, Administração e Ciências Contábeis, além de Direito.
Reportagem publicada pelo Jornal do Povo em 9 de setembro mostrava uma visita da então diretora do Centro - conhecido pela sigla Ceul -, Terezinha de Lima Bazé, às obras. A transferência dos cursos da unidade 2 para a nova, segundo ela, previa a ampliação de vagas e a abertura de novas opções de formação para universitários. A ideia era criar um curso de mestrado em Ciências Biológicas, na grade que já possuía pós-graduação em Pedagogia e Letras. 

No novo prédio, alunos de Direito e Ciências Contábeis poderiam complementar estudos e atividades em um "escritório modelo" e os de Administração em uma "empresa júnior". Ambos ainda funcionam.

Como parte da inauguração, a UFMS promoveu outras atividades para universitários. A então vice-presidente da Comissão Nacional de Estudos da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da Educação, Marisa Serrano, fez palestra na mesma semana. Ela analisou proposta do ex-senador Darcy Ribeiro e do então deputado Cid Savoia para a LDB. O professor e escritor Alexandre Caballero Y Garcia Barba também deu palestra aos alunos, e seu tema foi "A filosofia e o homem".

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Com resistência às propostas em debate, o Sinted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), de Três Lagoas, também promover um evento sobre a LDB. A ideia dos sindicalistas era popularizar a discussão, em busca da definição de "um ambiente democrático" nas escolas do país.  

PROBLEMAS

Mas, nem todos os problemas eram ligados à educação. Estudantes da época pediam apoio do Ceul para o fornecimento de alimentação dentro do campus. Foi, então, criada uma bolsa-alimentação, com atendimento definido a 50 dos 125 alunos que haviam solicitado o benefício. Terezinha Bazé disse que havia necessidade de ampliação do número. 

Outra reclamação era sobre um aumento de dois centavos no preço da cópia (xerox) em um setor da universidade que havia deixado de ser administrado por estudantes poucos dias antes. A mudança de direção teria ocorrido por quebra de contrato entre o dono das copiadoras e a administração dos diretórios de universitários. A solução encontrada por Terezinha Bazé foi a abertura de uma concorrência para a escolha de um novo prestador de serviços na universidade.

Sobre o ranking. Foi elaborado pela revista Playboy com base em informações de estudantes do ensino público. 

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