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Três Lagoas, 20 de abril

UFN 3 completa quatro anos parada

Além de não ser concluída, obra deu prejuízo a empresas e trabalhadores que não receberam do consórcio contratado pela Petrobras

Por Ana Cristina Santos
08/12/2018 • 07h30
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O que era para ser a maior fábrica de fertilizantes do Brasil e um novo marco para o desenvolvimento de Três Lagoas, transformou-se em uma obra parada e, até agora, sem futuro definido.   Neste mês completam-se quatro anos que as obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3) da Petrobras, em Três Lagoas - que recebeu R$ 3 bilhões de investimentos -, foram paralisadas.

No dia 10 de dezembro de 2014 a estatal reincidiu o contrato com um consórcio formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia, responsável pela obra.

Além de não ser concluída, a paralisação gerou prejuízo a empresários, que não receberam por serviços prestados ao consórcio, e até hoje  ,aguardam decisão da Justiça sobre créditos que somam R$ 36 milhões somente com empresários de Três Lagoas. Com fornecedores de outras cidades do país, a dívida chega R$ 120 milhões. Cerca de 1,5 mil trabalhadores também aguardam para receber direitos de rescisão.

Em setembro do ano passado, a Petrobras anunciou a venda da fábrica e iniciou negociação com o grupo empresarial russo Acron Group - um dos maiores do mundo na produção fertilizantes minerais.

Mas, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que questiona dispositivos da Lei das Estatais para venda de controle acionário de empresas, suspendeu o processo, em julho deste ano, exigindo aprovação da venda pelo Congresso Nacional.  A estatal alega que, apenas a Araucária Nitrogenados, de Araucária (PR), foi diretamente afetada. 

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