O Jornal do Povo revelou, com exclusividade, em sua edição passada um projeto capitaneado pela Polícia Militar para a instalação de câmeras inteligentes na porta de escolas estaduais de Três Lagoas. O objetivo é captar imagens e identificar suspeitos e veículos para combater a criminalidade ao redor das escolas, onde principalmente traficantes procuram se aproximar. Trata-se de projeto pioneiro no Estado e que poderá ser copiado em todo o país por ser positivo e por ter, agora, o “reforço” da tragédia desta semana, em Suzano (SP). 

O país ficou atônito diante da repetição de novo massacre como o ocorrido quatro anos antes, em Realengo (RJ). Jovens violentos, despreparados, armados e destemidos tiraram vidas inocentes.  E a pergunta se repete: por quê? Não haverá resposta única, nunca.

É evidente que se houvesse câmeras ou até mesmo policiais na escola crimes assim estariam totalmente impedidos de cometer tamanha atrocidade. Os crimes foram planejados, calculados e executados por pessoas determinadas. Porém, há medidas que têm poder para combater criminosos por diversos meios. Um deles é a presença ostensiva da polícia. O outro é a ação inteligente.

A proposta da identificação facial de pessoas e de placas de veículos é absolutamente apropriada para toda a realidade escolar de hoje, incluindo a marginalidade que se espalha entre estudantes que agridem professores e colegas, que levam drogas em meio a cadernos e tentam fazer das escolas redutos de  bandidagem. 

A sociedade civil organizada não terá apenas compromisso de contribuir com a iniciativa do 2º Batalhão da Polícia Militar como também terá satisfação em ver resultados dos investimentos - diga-se, muito pequenos diante dos benefícios que se vislumbra. Todos concordam que é preciso tomar atitudes em quanto há tempo. O projeto é uma das atitudes necessárias neste momento.