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Três Lagoas, 26 de abril

Unidade de Pronto Atendimento está fechada há mais de um ano

Unidade de Pronto Atendimento está fechada há mais de um ano

Por Claudio Pereira
29/08/2012 • 07h55
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 A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), construída há quase um ano e meio nas imediações da rua Yamaguti Kankiti, na Vila Carioca, ainda não entrou em funcionamento por falta de médicos. O concurso público para a contratação dos funcionários que vão trabalhar na unidade foi realizado em maio deste ano, entretanto, não conseguiu preencher o número de vagas destinadas aos médicos.


Segundo a secretária municipal de Saúde, Eliane Brilhante, o concurso previa a contratação de oito pediatras, mas apenas três se inscreveram e foram aprovados. Das oito vagas destinadas aos clínicos gerais, sete foram preenchidas. Ela informou que a UPA foi classificada pelo Ministério da Saúde como porte II (definida de acordo com o número de habitantes), por esse motivo não pode entrar em funcionamento sem ter o número exato de médicos. As demais vagas determinadas pelo concurso tiveram um número exato de inscritos, os quais já foram definidos e só estão aguardando a unidade começar a funcionar para eles serem contratados.

De acordo com a secretária, o Ministério da Saúde só repassa o recurso para manter o local funcionando a partir do momento em que o quadro de profissionais estiver completo. “A unidade será mantida com recursos do governo federal. Se abrirmos sem o número de profissionais estabelecido pelo ministério, não receberemos o recurso e o município não teria condições de arcar com as despesas sozinho”, destacou.

EQUIPAMENTOS
Eliane Brilhante ressaltou que a UPA já está toda equipada, e que só não começou a funcionar por falta de médicos. Os equipamentos foram adquiridos através de recursos de compensação ambiental em razão da instalação da Eldorado Brasil no município. “Não é por falta de material e estrutura que a UPA ainda não está funcionando, mas por não haver o número exato de médicos”, salientou.

Para tentar resolver o problema, a secretária disse que entrará em contado com os pediatras de Três Lagoas, já que não houve interesse pela maioria em prestar o concurso, para verificar se existe a possibilidade de alguns atenderem na UPA. “Muitos não têm interesse em atender na urgência e emergência, pois eles preferem os postos de saúde. Já na UPA, o paciente poderá ficar internado até 24 horas. É diferente do PA [Pronto Atendimento], onde o paciente fica em observação e logo depois é liberado para ir para casa ou é encaminhado para o hospital”, explicou a secretária.

Caso não consiga convencer os pediatras a atenderem na Unidade de Pronto Atendimento, Eliane Brilhante informou que a secretaria vai encaminhar uma carta ao Ministério da Saúde, explicando a atual situação, e irá solicitar que a UPA possa atender com outra classificação.
Em relação ao furto de computadores que ocorreu no local, a secretária de Saúde disse que a investigação está a cargo da Polícia Civil e algumas pessoas estão sendo chamadas para depor.

ANSEIO
O funcionamento da UPA passou a ser um grande anseio da população, assim como do próprio poder público, já que irá funcionar como um mini-hospital. Isso vai possibilitar a diminuição no fluxo de pacientes que são encaminhados ao Hospital Auxiliadora, sem contar que, também evitará aglomeração de pessoas no Pronto Atendimento (PA).

De acordo com a secretária, mesmo com a inauguração da UPA, o Pronto Atendimento continuará funcionando. Questionada se existem médicos para isso, ela acredita que sim, já que cada unidade atenderá a uma especialidade. “Com o funcionamento da UPA, haverá uma diminuição no número de atendimento no PA. Diminuindo a quantidade de pacientes atendidas lá, poderemos reduzir o número de médicos que atentem hoje no Pronto Atendimento que, atualmente, é de três médicos por plantão. Mas é preciso aguardar o funcionamento da UPA para analisarmos essa situação”, adiantou.
 

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