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Três Lagoas, 19 de abril

Uso de droga é identificado em exames de cinco motoristas

Exame é feito por laboratório credenciado ao Detran e exigido ao renovar a habilitação de CNH das categorias C, D e E

Por Kelly Martins
20/01/2020 • 15h00
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Somente no primeiro mês do ano, cinco motoristas reprovaram, em Três Lagoas, em testes toxicológicos. O uso de drogas foi identificado em exames feitos em laboratórios credenciados ao Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito). A lei que exige o exame está em vigor desde 2016 para motoristas de caminhão, carreta e ônibus, em Mato Grosso do Sul. 
Também para pessoas que trabalham com o transporte de passageiros, produtos perigosos e deve constar ainda na renovação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

O teste toxicológico é voltado para motoristas profissionais e busca identificar o uso de drogas em um período de até 90 dias. Para o exame é colhido material, como cabelo ou pelo de qualquer região do corpo, sendo que custa, em média, R$ 175. Ele consegue detectar substâncias como cocaína, crack, maconha, anfetamina e suas derivações. 
O resultado positivo foi identificado em exames feitos em laboratórios neste mês. Muitos motoristas consideram importante esse tipo de exame pelo aspecto da segurança nas estradas.  

PERIGO NA ESTRADA
Ricardo Serigat, por exemplo, contou que trabalha como motorista há 24 anos e que, para ele, o teste é um a forma de prevenção de acidentes. Também destaca que muitos condutores preferem se arriscar ao volante. “Acho importante esse tipo de prevenção porque muitas situações recaem sobre a vida do motorista. E não é assim. Podemos tomar cuidado nas estradas, garantir a segurança, mas se o outro condutor não fizer o mesmo, poderá ocorrer uma situação de risco e até de morte. Por isso acho que o teste ajuda a encontrar esses motoristas que abusam no volante”, considerou. 

LEGISLAÇÃO
A obrigatoriedade do exame passou a valer no Estado em 15 de dezembro de 2016, após determinação judicial. Pesquisas da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul mostram que, antes da lei, 34% dos motoristas tinham usado algum tipo de droga. Na última pesquisa, em 2019, esse índice caiu para 14%, o que representa queda de 60% no consumo de drogas entre motoristas de caminhão e ônibus. 

 

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