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Três Lagoas, 23 de abril

Venda da Eldorado Brasil pode estar em risco

Venda da fábrica de celulose estaria condicionada à homologação do acordo leniência dos executivos da J&F pode

Por Ana Cristina Santos
06/09/2017 • 06h23
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Os compradores dos ativos vendidos pelo grupo J&F nos últimos dois meses estão apreensivos com a possibilidade de o acordo de colaboração premiada dos irmãos Batista e executivos do grupo ser revisto. Dentre os ativos colocados à venda a fábrica de celulose Eldorado Brasil é a mais vulnerável em um eventual cancelamento do acordo de leniência da holding.

De acordo com o Jornal Valor Econômico, o que blinda os compradores dos ativos e as empresas vendidas de problemas decorrentes dos crimes cometidos pelos irmãos Batista é o acordo de leniência fechado com o Ministério Público Federal em Brasília.

Pela leniência, a holding J&F assumiu a responsabilidade pelos crimes cometidos e arcará sozinha com o pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões em 25 anos. Assim, as demais empresas do grupo ficaram "limpas" e algumas, como Vigor, Alpargatas e Eldorado Celulose puderam ser vendidas a novos controladores para equacionar a situação financeira do grupo J&F.

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No caso do acordo entre J&F e Paper Excellence para venda do controle da Eldorado Celulose, fechado no sábado, a sua finalização estaria condicionada à homologação da leniência.

Ainda segundo o Valor Econômico,a leitura inicial de alguns dos compradores, é que a leniência tende a ser mantida. Mas o risco de outro encaminhamento gerou apreensão. "A princípio, o procedimento aberto pelo procurador Rodrigo Janot pode, eventualmente, rever os benefícios de três colaboradores premiados. Então, não envolveria a rescisão da delação e, portanto, não envolveria a leniência", disse o advogado de um dos compradores de ativos. Essa é a hipótese mais provável na avaliação dos envolvidos. No entanto, há muitas dúvidas sobre o resultado do procedimento aberto, já que ele é inédito.

A Eldorado Celulose é investigada em três operações da Polícia Federal - Sépsis, Greenfield e Cui Bono? -, a empresa foi alvo de busca e apreensão em diferentes ocasiões e enfrenta uma a enfrenta uma ação judicial movida pelo doleiro Lúcio Funaro, preso e réu na Lava-Jato.

 

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