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Três Lagoas, 25 de abril

Vendaval ‘revela’ deficiência de infraestrutura em bairros de Três Lagoas

Falta de drenagem é um dos grandes desafios de Três Lagoas e que precisam ser enfrentados para evitar alagamentos em bairros

Por Ana Cristina Santos
21/10/2017 • 07h12
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A  chuva que atingiu a 59,8 milímetros e o vendaval de 75,2 quilômetros por hora, na tarde desta quinta-feira (19), deixaram um rastro de destruição em vários bairros de Três Lagoas. Além de árvores que caíram, casas foram destelhadas, fachadas de lojas arrancadas, muros e parte de imóveis desabaram. 

O barracão de uma indústria, na região do Cinturão Verde, próximo ao bairro Jupiá, desabou. Uma concessionária de carros e uma loja de departamentos, ambas da avenida Ranulpho Marques Leal,  foram danificadas pelo vento. Semáforos, a rede de energia elétrica e prédios públicos também tiveram prejuízos, assim como carros foram atingidos por árvores e pelo granizo. 

Além do vendaval atípico na cidade, o problema que Três Lagoas enfrenta há anos é a falta de infraestrutura para drenagem. Basta uma chuva para ruas ficarem intransitáveis, causando transtornos a moradores.

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A falta de sistemas de captação de águas pluviais  segue como grande desafio a ser enfrentado pela prefeitura. Atualmente, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura, o perímetro urbano de Três Lagoas possui 60% de ruas pavimentadas.  Asfaltar os 40% que restam não é tarefa simples porque muitas dessas ruas, de bairros antigos, ainda não possui drenagem.

O custo para execução de obras de captação é elevado. Segundo o secretário de Infraestrutura, Transporte e Trânsito, engenheiro Dirceu Deguti, seriam necessários R$ 250 milhões para resolver os principais problemas de alagamentos. Esse é o montante que a gestão do prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) pleiteia por meio de financiamento em bancos.

Segundo o secretário, a administração “sabe que é preciso atacar” esse problema, sob pena de a população continuar enfrentando alagamentos e transtornos. Os recursos, caso liberados, segundo Deguti, serão utilizados na construção de bacias de drenagem, bem como na pavimentação de ruas.

O município, disse Deguti, busca alternativas para resolver parte do problema de alagamentos. A prefeitura constrói, atualmente, três “piscinões” para armazenamento de água de chuva nos bairros Vila Alegre, Jardim Dourados e Jardim Alvorada. 

Nos dois últimos bairros, no entanto, as obras estão atrasadas, segundo a prefeitura, devido à dificuldade de contratação de recursos e a incidência de chuvas no primeiro semestre. 

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