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Três Lagoas, 25 de abril

Vigilância Sanitária já recebeu mais de 400 denúncias nesse ano

Alguns estabelecimentos comerciais na área de alimentação de Três Lagoas funcionam em desacordo com as exigências estabelecidas pela legislação de saúde.

Por Cláudio Pereira
03/08/2012 • 08h35
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Alguns estabelecimentos comerciais na área de alimentação de Três Lagoas funcionam em desacordo com as exigências estabelecidas pela legislação de saúde. Segundo a coordenadora de Vigilância Sanitária, Gláucia Krunger, os estabelecimentos nessa área são os que mais têm gerado reclamações junto ao órgão. Em entrevista ao RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5 Mhz), ela explicou que isso ocorre porque Três Lagoas recebeu um grande contingente de pessoas nos últimos anos, e os estabelecimentos não estavam preparados para receber esse fluxo de novos consumidores.

De acordo com a coordenadora, no mês de julho, a vigilância realizou um trabalho de fiscalização nos supermercados da cidade e constatou algumas irregularidades, entre elas a necessidade de aumentar a área do depósito dos estoques de alimento. A temperatura das ilhas de refrigeração também não estava dentro da adequada. Produtos com o prazo de validade vencido é outro problema encontrado nos estabelecimentos.

Diante dessa situação, Gláucia disse que será agendada uma reunião com os proprietários dos supermercados a fim de que eles possam se adequar. Conforme prevê a legislação, a coordenadora informou que, quando é encontrada alguma situação irregular, é dado um prazo para a adequação. “Estamos programando uma reunião com os proprietários dos supermercados, onde vamos apresentar as fotografias do que foi encontrado e solicitar que eles providenciem melhorias”, adiantou.

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Em relação à situação das lanchonetes, bares e casas de sucos, estabelecimentos de que a população tem reclamado muito sobre as condições de higiene, a coordenadora disse que realmente alguns não estão devidamente limpos. “O proprietário precisa ter um olhar crítico e constante, pois não tem como a Vigilância Sanitária estar todos os dias no estabelecimento”, frisou.

De acordo com a coordenadora, nos sete primeiros meses deste ano, a Vigilância Sanitária recebeu mais de 400 denúncias. Todas foram atendidas. A maioria, segundo ela, está relacionada à reclamação de água servidas (já utilizada) lançada nas ruas; criação de animais no perímetro urbano; lixos nos quintais e também na área de manipulação de alimentos. O atendimento das denúncias, conforme Gláucia,é feito de acordo com as prioridades. “Às vezes, demora um pouco, até porque existe uma legislação a ser seguida. Comprovada a reclamação, é dado um prazo para a adequação, e a maioria atende à solicitação. Em algumas situações, existe reincidência”, destacou.

Desde 2009, ela informou que Três Lagoas não registra surto de doenças transmitidas por alimentos. “Isso demonstra que muitos seguem a orientação da vigilância”, disse. Ela destacou que a vigilância atende de 600 a 700 procedimentos por mês, em todas as áreas de competência do órgão. Somente neste ano, o órgão realizou cinco autos de infração e interditou dois estabelecimentos.

Segundo a diretora do Departamento de Saúde Epidemiológica, Neide Yuki,que também participou do programa, o órgão conta com 15 fiscais, os quais atuam no trabalho de fiscalização de estabelecimentos na área de alimentação, das indústrias, hospitais, consultórios médicos, clínicas, salões de beleza, farmácias, entre outros. “É um trabalho amplo, não apenas na área de alimentação”, frisou. Ela comentou que a vigilância conta com uma equipe multidisciplinar, formada por veterinários, farmacêutico, biólogo e uma arquiteta. Neide disse que somente no ano passado o órgão realizou mais de oito mil procedimentos. “A Vigilância Sanitária de Três Lagoas é uma das mais atuantes no Estado. Na última reunião da CIB [Comissão IntergestoraBipartite] foi dito isso. Os dados constam no site do Ministério da Saúde”, destacou. 

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