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Três Lagoas, 24 de abril

Vítima do Novo Aeroporto foi morta por adolescentes

Na tarde de terça-feira (6), os policiais apreenderam um adolescente acusado de participação no crime

Por Redação
10/01/2009 • 06h10
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Os policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (Dig) solucionaram o homicídio de Michele Batista de Oliveira, 18 anos - o crime foi praticado por dois adolescentes.
Na tarde de terça-feira (6), os policiais apreenderam um adolescente acusado de participação no crime. O garoto, de 16 anos, foi detido quando seguia para um supermercado, na área central, para fazer um acerto de trabalho. De acordo com o delegado Ailton Pereira de Freitas, coordenador da Dig, ao ser detido, o jovem teria confessado a participação do crime, ocorrido, segundo ele, por volta das 4 horas do dia 27.
Ao delegado, o garoto informou que morava em frente ao terreno baldio em que o corpo foi encontrado e que na madrugada um amigo dele – outro adolescente de 17 anos, cujo nome já foi repassado à Dig – chegou acompanhado de Michele. O adolescente informou não saber o motivo do crime, dizendo apenas que estava distante quando ouviu o som dos golpes na cabeça da vítima. Quando saiu viu a jovem já sem sentidos no chão e os dois arrastaram o corpo até o terreno. Porém, antes de ser deixada, Michele ainda levou uma facada no pescoço. “A faca foi encontrada e apreendida por nossos policiais. Ela estava na casa de um tio do adolescente detido. Ele (tio) havia locado a residência onde o crime aconteceu. Mas como não gostou do local, mudou-se. Então o garoto ficou na casa até que vencesse o mês”, completou o delegado.
Após retornarem a casa, os dois ainda lavaram toda a residência e a faca usada no crime. Eles dormiram e fugiram no mesmo dia. O adolescente que fora detido alegou ter ficado escondido numa chácara da avó, situada no Cinturão Verde, até ser preso.
“Desde sábado, a família de Michele já estava à procura dela. Alguém havia dito que ela tinha sido assassinada, mas depois de percorrerem hospitais e IML (Instituto Médico Legal), os parentes acharam que se trava de um boato. Ao que tudo indica, era comum esta jovem sumir por mais de três dias”, disse Ailton. O corpo de Michele foi reconhecido pela mãe no mesmo dia em que foi encontrado. A família deu falta de R$ 50 e de um perfume que estaria na bolsa da vítima.
Ailton explicou que, se não for comprovada a participação do adolescente (detido) no crime de homicídio, ele deverá responder apenas pelo delito de ocultação de cadáver. Já o outro garoto, ainda foragido, deverá responder pelos dois crimes: homicídio e ocultação de cadáver. O primeiro adolescente permanece apreendido na 1ª Delegacia de Policia, por meio de um pedido de internação provisória de dez dias.
O amigo dele tem passagens por roubo e tráfico de drogas, tendo ficado internado da Unidade Educacional de Internação (Unei).
RECONHECIMENTO
Na mesma semana, os policiais da Dig conseguiram identificar a vítima de homicídio do dia 24 de dezembro que havia sido enterrada como indigente. Caio Murilo Pereira Dias, 26 anos, conhecido como “Caio Bocão”, foi morto com um tiro na cabeça, no bairro Vila Haro. De acordo com o delegado, a identificação dele foi possível por meio de contatos feitos com a Dig da cidade de Dracena (SP). A Polícia Civil paulista enviou uma foto da vítima que permitiu aos policiais da Cidade o reconhecimento. Por meio da Dig de Dracena, o delegado descobriu ainda que Caio Bocão teria diversas passagens pela polícia por furto, estelionato, tráfico e posse de drogas. “São 18 inquéritos policiais instaurados contra ele naquela região. Boa parte deles cometida por conta do vício de drogas”, completou.
Caio Bocão morreu com um papelote de drogas em uma das mãos. O crime ainda permanecesse sem autoria, no entanto, o delegado não descarta a possibilidade de uma dívida de drogas. “Era alguém próximo a ele. O tiro foi à queima roupa”. A família de Caio já foi informada e deve vir realizar o reconhecimento na próxima semana. Caio foi enterrado como indigente no Cemitério Municipal.

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