RÁDIOS
Três Lagoas, 18 de abril

Vizinhos e visitantes contestam possível corte de Ipês em cemitério

Derrubada de uma das árvores foi confirmada pela prefeitura, devido a problemas em um túmulo

Por André Barbosa
18/07/2018 • 13h30
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Visitantes e vizinhos do Cemitério Municipal Santo Antônio denunciaram uma possível poda de árvores da espécie Ipê amarelo (Handroanthus albus) no local, marcada para esta quarta-feira (18). Segundo os denunciantes, cerca de 8 árvores seriam derrubadas, pela prefeitura, a pedido do prefeito Ângelo Guerreiro.

Ainda segundo as testemunhas, Guerreiro teria ido ao local e ordenado o corte. Ele justificou a medida, afirmando necessidade de ampliar espaço para abrigar novos túmulos. Entretanto, a medida não foi vista “com bons olhos”, pelos parentes dos mortos. “Já não temos quase sombra, no cemitério e, túmulos são longes e nem lugar para sentarmos e descansarmos. Temos que ter abrigo contra o sol de Três Lagoas, nem quem seja natural”, disse uma senhora de 53 anos.

A ordem seria para cortar apenas ipês, mas uma visitante apontou duas espécies de árvores não identificadas, que supostamente foram envenenadas e secaram em dois dias.

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Um funcionário da administração do cemitério afirmou que a notícia não procede. Segundo ele, o prefeito teria ordenado apenas reparos no local, como forma de manutenção e que, nenhum corte ou poda de árvore teria sido mencionado.  “Estamos reformando e levantando o antigo muro lateral esquerdo do Cemitério (do lado da antiga linha férrea) e também vamos revestir com pedra brita, todas as alamedas que dão acesso aos túmulos”, disse o administrador do cemitério, Antônio Mauro Ferreira Filho.

A diretoria de comunicação da prefeitura informou em nota, que, "em consulta a Secretaria Municipal de Administração (Sead), foi informado que não haverá corte de árvores no cemitério. O que ocorreu é que um Ipê que está muito próximo a um túmulo vem comprometendo a construção e, por isso, os familiares solicitaram a analise para a retirada. Mas, para que isso seja possível, será solicitado um estudo ambiental".

 

 

Preservação

Curiosamente, a notícia do possível corte dos Ipês chega ao mesmo tempo em que uma lei estadual de preservação torna a espécie o símbolo de Mato Grosso do Sul. A lei entra em vigor em 30 dias e prevê o uso da imagem da árvore em documentos oficiais, peças publicitárias e comunicação visual, sempre que o Estado divulgar suas características botânicas.

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