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Três Lagoas, 20 de abril

Você não sabe, mas pode sofrer de Nomofobia

Apesar do nome estranho, essa doença tem tratamento

Por Redação
04/02/2017 • 08h39
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Sentir-se muito angustiado com a ideia de perder seu celular ou de ser incapaz de ficar sem ele por mais de um dia é a origem da chamada “nomofobia”, contração de “no mobile phobia”, doença que afeta principalmente os viciados em redes sociais que não suportam ficar desconectados. Essa é mais uma das muitas fobias que afetam os seres humanos. Apesar do nome estranho, essa doença tem tratamento. Pelo menos é o que afirma a Dra. Ana Patrícia Ruiz Gehre, psicóloga cognitiva comportamental.

Segundo ela, quando a comunicação em tempo integral se torna um vício, uma dependência e causa prejuízos (perda de trabalho, relacionamentos, atrasos, etc..), passa a ser caracterizada como uma patologia. Trata-se da nomofobia, expressão usada para designar a fobia diante da impossibilidade de se manter conectado com o mundo virtual. 

Você pode ser considerado nomofóbico quando por exemplo esqueceu seu celular dentro do carro ou em casa e você sentiu que estava faltando uma parte de você. Outra sensação é quando bate aquele desespero que você sente ao perceber que esqueceu o carregador do celular ou o a impaciência por não ter a senha do WiFi ao chegar em local público ou na casa de desconhecidos. Essas situações podem não ser somente um fato isolado ou algo comum. Você pode estar sofrendo de nomofobia.

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E não é um transtorno para ignorar, porque pode ter consequências para a saúde.

sintomas
Medo, ansiedade, estresse e ataques de pânico ao ficar por um período de tempo sem estar de posse de um smartphone. Muitos nomofóbicos apresentam sintomas como tremores, sudorese, tontura, dificuldade em respirar, náuseas, dor no peito e até aceleração da frequência cardíaca.

O casal Tatiane Cardoso de Oliveira, tecelã de 29 anos e Thiago Santos de Souza, serviços gerais de 29 anos, relatam as dificuldades que o vício tem causado nos 4 anos que estão juntos. “O Thiago fica o tempo todo grudado no celular. O aparelho já parece integrar o corpo dele”, brinca Tatiana.

Tratamento
A coisa mais importante é identificar o problema. Sozinho, é possível tentar se ‘desviciar’ aos poucos encontrando outros interesses que não sejam na internet. Uma das sugestões é que a pessoa tente priorizar atividades offline e encontros sociais presenciais. É importante também considerar que não é necessário tirar foto de todos os momentos da sua vida para colocar em instagram, facebook, snapchat e tantas outras redes sociais que surgem a todo o momento. A busca por orientação médica se faz necessário quando a pessoa nomofóbica perceber que essa relação com o aparelho a está afastando da família e do convívio social.

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