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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

A dança das cadeiras e as novidades da NYFW

Damos adeus a Carolina Herrera e a Jason Wu, enquanto recebemos a Juicy Couture no calendário oficial nova-iorquino.

Por Redação
15/02/2018 • 07h54
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Esta Semana de Moda de Nova York teve muitas peculiaridades. Para começar, ela é possivelmente a mais longa da história. Isso porque, o evento de prêt-à-porter feminino teve seu início logo depois do término do masculino. Totalizandodez dias de maratona fashion, a NYFW — apesar de gigantescas — teve perdas consideráveis nos últimos anos e continua a perder grandes nomes de seu line-up.

Se antes as descoladas Proenza Schouler e Rodarte trocavam a Big Apple pela cidade-luz, agora é Carolina Herrera que deixa o seu trono para o um novo designer, o americano Wes Gordon. Este foi o seu último desfile que, como era de se esperar, acabou revisitando os seus maiores clássicos.

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A combinação icônica que faz parte do DNA de estilo da etiqueta da designer venezuelana — a camisa branca com cinto largo e saia bufante — que ganhou diversas releituras. O mesmo acontece com os bordados tridimensionais e com as listras (que se transformam em dois lindos vestidos coloridos e sem mangas no final do desfile). Com o próprio Calvin Klein sentado na fila A, Carolina deixa apenas Ralph Lauren como representante de sua geração na Semana de Moda de Nova York.

Outro estilista que também está de despedidas é Jason Wu. O designer está saindo da Hugo Boss depois de cinco anos à frente da marca. Em entrevista a uma importante publicação norte-americana, ele revelou o seu desejo para esta coleção final: “Quero que ela seja uma representação muito clara do que tentei fazer aqui. Por isso, a imagem é chic, refinada, clássica e feminina”. Assim, a alfaiataria tradicional da grife ganha toques esportivos, acabamentos em tricô e recortes delicados que suavizam os looks. Destaque para os acessórios que, em estampas de bicho, traziam um toque de humor para a apresentação.

Já em clima de comemoração, só se fala de Christian Siriano. Aos 35, o estilista que venceu a quarta temporada do reality show Project Runway, completa dez anos de carreira com um desfile repleto de hits. Tudo começa com uma série de casacos de pele fake 100% cruelty-free e se desenvolve para uma variedade enorme de vestidos de gala que tinham apenas um elemento em comum: o exagero. Segundo o designer, ele está no mercado com a missão de trazer mais diversidade para as passarelas e, claro, para trazer o glamour de volta à moda. Por isso, espere sempre por um casting com tops plus size como Ashley Grahame Candice Huffine — neste ano reforçadas com a ajuda da atriz Danielle Brooks— e por criações com volumes dramáticos, cores fortes e muito brilho!

Por fim, damos boas vindas a Juicy Couture! A etiqueta que foi um sucesso absoluto durante os anos 1990 e o começo dos anos 2000 está vivendo um revival desde que colaborou com a Vetements em uma de suas coleções desfiladas em Paris. Agora, Jamie Mizrahi — a estilista da casa — decidiu alçar voo solo e desfilar uma coleção 100% sua nas passarelas da Semana de Moda de Nova York. Para isso, ela fechou o hotel Wolcott — endereço “mal-assombrado” — para imaginar como seria a Juicy de outras décadas.

Assim, elementos 80’s e 70’s se desdobram pelo repertório princesa esportiva da grife: há longos casacos de pele, brilhos que remetem à era disco e até conjuntinho tie-dye. Um mix divertido e irreverente que fez valer a pena a estreia na NYFW.

(mdemulher)

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