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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

As homenagens à vida de Gabrielle Chanel antes da fama

Depois de bolsas e joias, a Chanel encerra seu ano de homenagens à sua fundadora, Gabrielle Chanel, com um perfume inspirado na vida dela pré-fama.

Por Redação
20/11/2017 • 08h47
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Você certamente sabe quem é Coco Chanel, a mulher que revolucionou a moda dos anos 1920, inseriu a calça no guarda-roupa feminino e eternizou o corte de cabelo bem curtinho, entre outros feitos. Menos falada é a sua vida pré-fama, ou seja, pré-criação da Chanel, quando ela assinava somente Gabrielle Chanel, seu nome de batismo. Para homenagear essa memória, Karl Lagerfeld, diretor criativo da grife, tem dedicado uma série de criações da maison feitas este ano a ela, todas nomeadas Gabrielle. A mais recente é um perfume, o primeiro lançamento de fragrância dos últimos 15 anos, que acaba de chegar às lojas.

Olivier Polge, perfumista da Chanel desde 2013, recebeu uma missão: mais do que agradar aos diferentes olfatos, a fragrância deveria transmitir o espírito rebelde e libertário de Gabrielle. Olivier decidiu, então, voltar-se para as flores. Jasmim, flor de laranjeira e ilangue-ilangue dão o tom fresco e se juntam à tuberosa de Grasse, responsável por um toque cremoso. Assim, sem notas gourmand ou adocicadas, nasceu um floral aceso, de cheiro democrático e atemporal. O Gabrielle (615 reais, 50 ml), apresentado à imprensa no fim de agosto em Buenos Aires, nasce como um novo clássico, feminino e moderno.

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Além da perfumaria, a moda e a joalheria também foram mobilizadas neste ano de Gabrielle. Foi a primeira vez, aliás, que os três pilares da marca se juntaram numa mesma temática. No desfile do verão 2017, o couro matelassado, as correntes e os tons sóbrios, elementos clássicos da etiqueta francesa, foram revisitados em um novo modelo de bolsa que logo ganhou as ruas. Na joalheria, a coleção Coco Avant Chanel trouxe elementos da infância de Gabrielle, quando ela morou em um orfanato católico depois da morte da mãe. A paixão pelo barroco, pelas pedras preciosas e pelas cores neutras foi representada em colares, pulseiras, brincos e outros acessórios poderosos. E aí veio o perfume, fechando o ciclo.

Tanto quanto o aroma, o frasco foi desenvolvido em cada minúcia. Idealizado por Sylvie Legastelois, diretora de design de embalagens da Chanel, ele é feito com um vidro extremamente fino, que levou sete anos para ficar pronto, entre o desenho e a finalização. “A pureza e o minimalismo, tão apreciados por Gabrielle, foram as minhas inspirações”, diz Sylvie à ESTILO. “Um dourado luminoso, mas não chamativo, faz referência à fragrância floral e solar”, completa. Sylvie destaca ainda que o vidro vem embalado por uma caixa, “como se fosse um porta-joias”.

Para a campanha do perfume, a marca escolheu representar a personalidade forte de Gabrielle e sua transição para Coco, nome que adotou com o nascimento da Chanel. Como musa, a escolhida foi a atriz Kristen Stewart, embaixadora da maison desde 2013. Em cenas marcadas por cores explosivas, vistas em fotos e vídeos, Kristen encarna alguém com movimentos e atitudes com certa dose de rebeldia, que têm a intenção de passar uma mensagem de liberdade e transformação. Nelas, a verdade é que pouco se vê do perfume. Conceitual, a ideia de Karl foi ir além do estímulo à compra do produto ou da apresentação do frasco
e seu conteúdo em si. O que o kaiser quer mesmo é despertar sentimentos em quem as assiste.

(mdemulher)

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