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Mato Grosso do Sul, 20 de abril

Chanel é acusada de apropriação cultural

Redes sociais da marca estão repletas de críticas por causa de um boomerang com o logo da casa francesa.

Por Redação
18/05/2017 • 08h14
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As redes sociais da Chanel ficaram repletas de críticas após o maquiador americano Jefree Star — que tem 4.7 milhões de seguidores no Instagram — postar uma imagem de um boomerang da marca, com a legenda que dizia “me divertindo muito com meu novo boomerang da #Chanel”. Apesar do post ter angariado aproximadamente 156 mil likes, gerou uma discussão acalorada.

Entre os comentários, internautas afirmam que, inicialmente, o boomerang não era um brinquedo, e sim uma arma de caça, enfatizando que esse caráter cultural é o motivo para que a versão da Chanel seja muito ofensiva e considerada apropriação. Nayuka Gorrie, uma escritora e ativista aborígene tuitou ironicamente a legenda “quando eu penso sobre a cultura aborígene, eu penso @Chanel”. E então adicionou: “decidi economizar pelos próximos três anos para poder me conectar com a minha cultura através da @Chanel.”

A marca afirmou que seu produto era mais um item esportivo oferecido como parte de sua coleção de primavera, juntamente com raquetes de tênis, bolas e uma prancha de stand-up paddle. Ela lançou um statement nas redes: “A Chanel está extremamente comprometida a respeitar todas as culturas, e se arrepende profundamente por algumas pessoas se sentirem ofendidas. A inspiração foi tirada de atividades de lazer de outras partes do mundo, e não foi nossa intenção desrespeitar as comunidades aborígenes e os moradores de Torres Start, e nem o significado do boomerang como um objeto cultural”, afirmou.

Não é a primeira vez que alguma marca está envolvida em polêmicas sobre o tema. Em 2016, o estilista Marc Jacobs foi duramente criticado por usar dread locks em sua passarela apenas para efeito estético. Recentemente uma foto com filha de Kate Moss utilizando tranças gerou debate sobre apropriação cultural. Enquanto muitas pessoas veem o uso do penteado como inocente, alunas negras são suspensas por usarem o cabelo trançado na escola.

Em 2016 Zendaya explicou o motivo da apropriação cultural ser tão ofensiva para a cultura negra, por exemplo: “a minha amiga Amandla Stenberg disse uma vez que queria que a sociedade amasse pessoas negras da mesma forma que ela ama a cultura negra. Essa é a verdade. Os créditos são sempre tirados de nós quando estamos fazendo uma certa declaração. Isso é frustrante.” (Informação MdeMulher)

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