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Mato Grosso do Sul, 24 de abril

Google lança ferramenta para explorar a moda

We Wear Culture dá acesso a mais de mil museus, exposições e acervos privados, e também oferece perspectivas especializadas sobre a história da moda.

Por Redação
09/06/2017 • 08h12
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É com a proposta de “trazer 3.000 anos de moda para a plataforma do Google Arts and Culture” que a gigante da tecnologia anuncia o We Wear Culture, um braço da iniciativa focado em facilitar a exploração da vestimenta, sua história e suas implicações culturais.

Encorajado pelo volume de buscas em relação à moda e pela crescente popularização das exposições fashion — como a de Rei Kawakubo, que alçou a designer vanguardista a ícone da contracultura — o Google mantém sua ambição de “organizar a informação mundial e fazê-la universalmente acessível.”

Tudo começou em 2010 com o engenheiro Amit Sood, nascido em Bombay, na Índia. Como parte do tempo livre oferecido pela empresa para que os funcionários pudessem explorar projetos pessoais, ele criou, através do Kickstarter, o Google Art Project. Sua ideia reunia esforços para digitalizar os museus ao redor do mundo, tornando artefatos culturais acessíveis para milhões de pessoas em todos os lugares.

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O projeto cresceu e se tornou o Google Cultural Institute, um projeto sem fins lucrativos que tem sede no Hôtel Particulier, no nono arrondissement de Paris. São mais de 1300 museus e fundações parceiras que colaboram com a digitalização de seus edifícios, arquivos e exposições.

Alguns dos objetos disponíveis na plataforma foram capturados com a Art Camera do Google, criando as imagens Gigapixel — que contém mais de um bilhão de pixels –, oferecendo visões extraordinárias de roupas que talvez nunca veríamos ao vivo. É fácil entender o motivo pelo qual um nerd da moda passará horas e horas imerso na plataforma — mas ela não é apenas para os entusiastas das vestimentas.

O We Wear Culture é baseado na premissa de que moda é cultura. “Nossos parceiros tem coleções enormes e muita sabedoria, mas normalmente tudo está guardado — seja fisicamente ou no cérebro do curador. Então, primeiramente, estamos abrindo o acesso a tudo isso — e realmente levando para as pessoas de uma forma que é facilmente compreensível e educativa, mas também divertida“, conta Kate Lauterbach, gerente de projetos do Google, ao Business of Fashion.

Ela ainda cita que enquanto os museus maiores já tem tecnologia o suficiente para realizar esse tipo de adaptação online, a ferramenta oferece oportunidades mais democráticas para pequenas galerias e instituições que não tem os mesmos recursos ou a mesma projeção. No Brasil, O Museu da Moda Brasileira, o Museu Afro Brasil e o Instituto Moreira Salles são alguns dos colaboradores atuais.

Com as parcerias com escolas e centros de estudo referência no assunto, artigos críticos que exploram o impacto da moda e delineiam questões políticas também estão disponíveis, como a história do Sari, das camisetas de protesto e o real custo da moda rápida — essa é uma tentativa de trazer a ferramenta para a atualidade, já que a moda esta inevitavelmente relacionada com o que acontece no presente.

Apesar do Google Arts and Culture ser estritamente sem fins lucrativos, as máquinas e logaritmos do servidor estão começando a ter acesso a informações altamente especializadas sobre moda. O entendimento genuíno e automático do Google — que é uma empresa de engenharia — pode um dia começar a traçar os próprios paralelos entre cultura, vestimenta e interesse do público — o que tem implicações revolucionárias.

(mdemulher)

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