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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Nossos brechós preferidos em São Paulo (e online)

A venda e revenda de peças antigas antigas é uma das principais ferramentas para combater o excesso da indústria da moda.

Por Redação
02/08/2018 • 10h30
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Depois da era das grandes fast-fashions, em que quantidade e preços baixos eram lei, modelos de negócios baseados no reaproveitamento de peças começam a ganhar força. É nesse cenário que o mercado de brechós volta a ganhar impulso. “Quando se cria uma peça nova, ainda mais no mercado de fast fashion, se gasta energia, água e em muitas vezes envolve trabalho escravo”, diz Rachel Mancini, do Gato Bravo Vintage. “Hoje atendemos muita gente que pensa dessa maneira e que não compra na Zara ou qualquer outra fast fashion de maneira alguma, que preferem comprar vintage ou de pequenos empreendedores”, comenta Paula Reboredo, do B.Luxo.

Com toneladas e toneladas de roupa já produzidas no mundo, a solução de comprar usado tem sido um caminho sustentável para quem quer mudar o guarda-roupa.  Mas não é só isso. Além de incentivar a circularidade da economia e da cadeia de moda, a nova leva de compradores que garimpa achados ao redor do planeta procura exclusividade e roupas únicas, que não podem ser encontradas em qualquer loja de departamento.

“Eu acredito na ressignificação das roupas. Sabemos que as pessoas vivem fases diferentes ao longo de suas vidas e que nem sempre se identificam com uma roupa por muito tempo”, explica Muriel Picon, dona do brechó online Golden Trash, que garimpa peças tanto fora do país como em bazares beneficentes.

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O movimento tem crescido tanto que até grandes marcas de luxo, antes bastante críticas e avessas ao modelo, começaram a prestar atenção e a unir forças com grandes nomes do mercado. Stella McCartney, por exemplo, concede um de US$100 para gastar em qualquer loja da marca a cada peça da estilista consignada no brechó online The Real Real. A Kering, um dos maiores conglomerados de lixo, também tem estreitado relações com sites de revenda para entender como os dois podem se beneficiar dessa troca. Afinal, segundo a empresa de consultoria Bain & Co., o mercado de revenda de artigos de luxo gera cerca de US$ 6 bilhões ao redor do mundo.

A seguir,  uma seleção com os melhores brechós online e com loja de rua (neste link temos uma lista completa com nossos brechós online favoritos)

GATO BRAVO VINTAGE

Instalado na Rua Avanhandava, no centro de São Paulo, o Gato Bravo Vintage, de Rachel Mancini, é um dos melhores endereços para quem procura roupas com personalidade e muita história, como casacos de paetês ou vestidos de festa. As peças são garimpadas pela própria dona, em viagens a Los Angeles, Nova York, Londres e alguns países da América do Sul. Há ainda a opção de aluguel. “Peças antigas tem modelagens e numerações diferentes, então a experiência da loja física, para mim, ainda é essencial. Tenho muitas clientes que se encantam toda vez que vão na loja e podem passaram tempo lá, provando, tocando piano, conversando e vivendo a experiência. Isso é essencial”, diz a dona. @gatobravovintage

B.LUXO

Grande expoente dos brechós de São Paulo, o B.Luxo tem uma ampla seleção de jeans, camisetas, casacos de couro e vestidos de renda. Os estilos são vários, mas amantes da cena rocker e clubber, do estilo dos anos 1970 e 80 têm mais chances de se apaixonar pelos itens à venda. Criado por Paula Reboredo e Gil França, em São Paulo, reúne peças garimpadas no Brasil, Argentina e Uruguai e Europa e acaba de abrir uma nova loja em Londres. @b.luxo

TROC

Criado em 2016 pelos sócios Luanna e Henrique Domakoski, o Troc é um marketplace online que trabalha com uma grande seleção de produtos e também com lojinhas virtuais, em que garotas e influencers como Gabriela Pugliese, a turma do Steal the Look e as irmãs Cassou (que comandam o Gallerist e a marca Framed) vendem seus desapegos. Uma curiosidade é que eles não vendem réplicas nem peças com pele animal. A plataforma garante a autenticidade de todas as peças de luxo que comercializa. @trocreal

BEM PHYNA

O Bem Phyna tem menos de um ano, mas já conquistou uma clientela fiel pela curadoria impecável que vai de Zara a YSL. O garimpo é feito de maneira diferente do que os demais: Gabriella Abuleac, fundadora da loja online, recebe malas, avalia e faz a curadoria. “Nosso garimpo vem de pessoas reais”, conta. “Acho que as pessoas estão notando que além de reaproveitar a roupa, em brechós podemos achar coisas icônicas e diferenciadas que você não acha em qualquer lugar”. As peças podem ser adquiridas no site do brechó. @bem_phyna

GOLDEN TRASH

“Nosso trabalho de garimpagem é minucioso e leva em consideração diversos fatores: tendências, contexto histórico, época do ano, marcas, estilos que voltam à tona e, principalmente, a durabilidade da peça”, explica Muriel Picon, dona do brechó online Golden Trash. As peças garimpadas tanto no Brasil como fora do país podem ser compradas no Instagram via mensagem ou no site, recém lançado e com imagem de moda forte. @shopgoldentrash

I NEED BRECHÓ

Misto de brechó de rua e online, o I Need Brechó abriu um espaço físico onde, além de comprar, você pode vender suas peças. Com curadoria moderna e jovem, está tudo a venda também pelo Instagram. “Nós damos um novo ciclo de vida para peças usadas que talvez seriam descartadas de forma indevida, evitando o uso de mais matéria prima, energia e água, preservando nossos recursos naturais e diminuindo o impacto negativo da indústria de moda no meio ambiente”, comenta Stheffany Wendy, idealizadora do empreendimento. @ineedbrecho

(mdemulher)

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