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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

Pré-natal: menos riscos para mãe e o bebê

Pediatra especialista em neonatologia dá orientações

Por Kelly Martins
27/01/2017 • 14h41
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Gravidez. Um momento tão especial na vida da mulher. Inesquecível. Vivido intensamente. Mas, nem tudo sai exatamente como sonhado porque, entre outras razões, muitas delas deixam de fazer o pré-natal - aqueles exames de rotina essenciais para acompanhamento da saúde do bebê e da futura mamãe.  É por meio desses exames que médicos conseguem prevenir doenças, evitar que a criança nasça antes do tempo ou, ainda, que apareçam complicações na hora do parto. Além disso, o estilo de vida que a mulher adota entre essas visitas fazem a diferença ao passo que estar alerta ao corpo e se manter saudável são medidas que refletem diretamente na formação do bebê. “Um pré-natal bem feito evita complicações futuras, doenças, infecções e má formação”, define a pediatra Luciana Yanasse Trajano dos Santos.

Formada há 17 anos pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e também especialista em neonatologia - que cuida das crianças desde o nascimento até os 28 dias de idade -, Luciana explica que os cuidados devem começar logo após a descoberta da gravidez. Segundo ela, quanto mais cedo a gestante iniciar o acompanhamento, mais tempo o especialista terá para prevenir, identificar e tratar possíveis doenças tanto na mãe quanto no feto, além de classificar a gestação como normal ou de risco. Se o acompanhamento não é realizado, diversos riscos que podem interromper a gestão ou gerar sequelas após o parto.

O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas médicas durante a gravidez e que mulher deve fazer uma série de exames. Integram o cronograma do pré-natal exames básicos de laboratório, como de urina, hemograma, sorologias, ultrassonografia, testes de HIV, de rubéola, de toxoplasmose, fator RH e glicemia de jejum, entre outros. Já as consultas são realizadas mensalmente, até as 32 semanas de gestação (oitavo mês). A partir desse momento, passam a ser quinzenais e, depois, de 36 semanas, a frequência é semanal. Um dos exames mais importantes é o ultrassom, em que, por meio de uma tela, médicos conseguem enxergar tudo o que acontece dentro da barriga da mulher. “Quando a gestante é de alto risco, solicitamos outros exames mais complexos e específicos”, declarou a pediatra.

OUTRA FUNÇÃO

Além de realizar atendimentos clínicos na Sermedi (Serviço Médico e Diagnóstico), em Três Lagoas, Luciana Yanasse é também coordenadora da UTI Neonatal do Hospital da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul). O setor está em funcionamento há um ano e possui 10 leitos, com equipe de oito profissionais: quatro especialistas e quatro pediatras. “A população está crescendo rapidamente em Três Lagoas e é muito importante termos a UTI própria para oferecer atendimento. Antes, os recém-nascidos que precisavam de leitos eram transferidos para outras cidades. Hoje, temos uma equipe multiprofissional na cidade”, concluiu.

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