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Mato Grosso do Sul, 26 de abril

“Samantha!”: o que esperar da primeira série cômica da Netflix no Brasil

A atmosfera ~sem lei~ da TV brasileira nos anos 1980 e diversas boas sacadas sobre a cultura pop atual dão o tom dessa série - que merece ser assistida.

Por REDAÇÃO
10/07/2018 • 08h02
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Nessa sexta-feira (6), a Netflix lança sua primeira série brasileira de comédia: “Samantha!” – assim mesmo, com exclamação. Protagonizada por Emanuelle Araújo, o elenco conta também com outros nomes conhecidos, como Douglas Silva (o Acerola de “Cidade dos Homens”) e Daniel Furlan (o Renan de “Choque de Cultura”) e Rodrigo Pandolfo (o Juliano de “Minha Mãe é Uma Peça”), além de Lorena Comparato, irmã caçula da Bianca Comparato, de “3%”. Ah, e rolam ainda participações da Gretchen (numa sacada genial), Paulo Tiefenthaler e Alessandra Negrini. 
Nessa sexta-feira (6), a Netflix lança sua primeira série brasileira de comédia: “Samantha!” – assim mesmo, com exclamação. Protagonizada por Emanuelle Araújo, o elenco conta também com outros nomes conhecidos, como Douglas Silva (o Acerola de “Cidade dos Homens”) e Daniel Furlan (o Renan de “Choque de Cultura”) e Rodrigo Pandolfo (o Juliano de “Minha Mãe é Uma Peça”), além de Lorena Comparato, irmã caçula da Bianca Comparato, de “3%”. Ah, e rolam ainda participações da Gretchen (numa sacada genial), Paulo Tiefenthaler e Alessandra Negrini. 

E a série é repleta de ótimas sacadas, sempre com referências à cultura pop brasileira e ao nosso famoso jeitinho. Essa característica também está presente no primeiro longa metragem brasileiro da Netflix, a comédia “O Roubo da Taça” – e o serviço de straming está simplesmente de parabéns por fazer isso. “Samantha!” tem uma essência esperta e autêntica que se difere de tantas séries genéricas que a gente cansou de ver na TV aberta, tal qual “O Roubo da Taça” quando comparado às comédias nacionais infames que, vez ou outra, ainda fazem sucesso no cinema.

Outro ponto forte de “Samantha!” é a nostalgia envolvida. Não por acaso, quando a Netflix lançou um teaser da Turminha Plimplom no Facebook, teve muita gente achando que tratava-se de um grupo mirim que realmente fez sucesso nos anos 1980. E ao invés de evocar a “inocência infantil de outros tempos”, a série evidencia o detalhe mais peculiar da TV nos anos 1980 e 1990: o fato de que ela era meio que uma terra sem lei. O mascote dos Plimplons é basicamente um maço de cigarro que fala e dança.

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Mas as boas sacadas de “Samantha!” não se resumem só ao senso de nostalgia. Alternando cenas que se passam em 1985 e nos tempos atuais, a série fala muito sobre a relação do brasileiro com as celebridades. Dodói, por exemplo, é o ex-jogador cheio de malandragem, que continua sendo amado pela torcida mesmo depois de ir para a cadeia. “Eu tenho uns amigos que são jogadores de futebol. O Adriano é meu amigão e eu quis fazer uma homenagem pra ele. Esse lance ‘crazy’ do Dodói eu acho que puxa muito esse lado do Adriano, que é bad boy, mas todo mundo gosta”, entrega Douglas Silva.

Outros três personagens secundários também são muito bons: o agente picareta de Samantha, uma influencer digital e um cantor que já se casou sete vezes e agora busca uma nova esposa através de um reality show – interpretados respectivamente por Daniel Furlan, Lorena Comparato, Paulo Tiefenthaler, todos ótimos. 

Com sete episódios de meia hora nessa primeira temporada, “Samantha!” certamente merece um lugarzinho na sua lista de coisas para assistir na Netflix. 

“Samantha!” é uma série que tem ótimos momentos e outros que desapontam, tanto no conceito quanto na execução. O segundo episódio, por exemplo, apresenta uma situação injustificavelmente machista – num momento em que o roteiro tenta ser esperto com um pseudo twist anacrônico e preguiçoso. Mesmo assim, a série diverte e tem muito carisma. Aliás, carisma também é o que não falta a Emanuelle Araújo, que sustenta o protagonismo em todas as cenas.

Ao final, o gancho do último episódio traz um elemento bem contemporâneo e que pode render muito pano para manga. Lapidando aqui e ali, uma possível segunda temporada tem potencial para ser ainda melhor.

(m de mulher)

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