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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Setembro Amarelo: entenda a campanha

Mês promove ações para dar visibilidade à causa e diminuir taxa de suicídio

Por Redação
12/09/2019 • 08h52
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Precisamos falar sobre suicídio. Você sabia que a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida no mundo? E que, no Brasil, um caso é registrado a cada 45 minutos? No País, aliás, essa é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás de violência interpessoal (doméstica e comunitária) e acidentes de trânsito. Os dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram a importância de discutir o assunto, se conscientizar e abraçar iniciativas como o Setembro Amarelo, campanha para prevenir o suicídio. Aqui, a gente explica mais sobre o tema.

O que é Setembro Amarelo?

É uma campanha de prevenção ao suicídio. E tudo começou em 2003, quando a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio em parceria com a OMS criou o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, em 10 de setembro, com o lema “Conectar, Comunicar, Cuidar”. Anos depois, em 2015, as ações de conscientização se estenderam por um mês no Brasil com o Setembro Amarelo, iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A cor amarela representa sol, luz e a vida, e todo o mês reúne ações para dar visibilidade à causa.

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Casos no Brasil e no mundo

Segundo relatório da OMS, realizado em 2014, os países com mais suicídios no mundo são Índia (258 mil óbitos), China (120,7 mil), Estados Unidos (43 mil), Rússia (31 mil) e Japão (29 mil). Nos EUA, a taxa de suicídio atingiu, em 2017, o maior patamar da história do país desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O Brasil ocupa o 8º lugar no ranking. De acordo com o Ministério da Saúde, o País registrou 11.433 mortes por suicídio em 2016, o que representa um crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior.

Alerta vermelho!

Saúde mental não é mimimi! E quando o assunto é suicídio, o pensamento "quem fala não faz" é puro engano. Alguns sinais podem mostrar quando você ou então um amigo passa por depressão e corre o risco de tirar a própria vida. O neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes explica que três indícios merecem atenção: alteração no humor por mais de duas semanas, cansaço excessivo e isolamento ou falta de forças até para falar. "O principal a entender é que pessoas com depressão devem ser tratadas como doentes, assim como aquelas que sofrem de qualquer outra doença física, a única diferença é que depressão não é visível, como por exemplo, um pé quebrado que impede tanto quanto, uma vida normal", explica.

Pensamento de morte X Ideação suicida

É importante diferenciar o pensamento de morte da ideação suicida. Mas como assim? De acordo com Celso Lopes de Souza, psiquiatra, educador e fundador do Programa Semente – programa estruturado de aprendizagem socioemocional -, o primeiro é mais comum, é quando a pessoa pensa "eu poderia morrer" ou "eu queria morrer". "Já a ideação do suicídio é mais grave, em que a pessoa pensa ‘eu quero me matar’", diferencia. O especialista ainda explica que pessoas com ideação suicida encaram os 3 "is": “sentem que a dor é impossível, insuportável e interminável. Elas claramente não conseguem perceber sozinhas que esses "3i's" são distorções de percepção da realidade, por isso precisam de ajuda."

Como prevenir?

O primeiro passo para prevenir o suicídio é não ter medo de falar sobre ele. “Já está mais do que comprovado que falar sobre o assunto não agrava a situação, muito pelo contrário, pode ajudar a tratar as pessoas que tenham essa intenção. Sinais como isolamento, corte de planejamentos futuros, uso de substâncias psicoativas e mensagens de despedida são alguns pontos que devem ter atenção especializada”, afirma Celso. É por isso que as campanhas que dão visibilidade à causa são são importantes. Essa é a melhor forma de conscientizar e debater o tema.

Procure ajuda: ligue 188

Desde julho de 2018, o Centro de Valorização da Vida está disponível para atendimento gratuito por telefone em todo o território nacional pelo número 188. Eles escutam qualquer pessoa que esteja passando por dificuldades. Só em 2017, o órgão sem fins lucrativos recebeu mais de 2 milhões de ligações. Eles também disponibilizam atendimentos presenciais, por chat ou e-mail.

Ninguém solta a mão e ninguém!

Fonte: Revista Glamour 

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