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Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Stella McCartney sela parceria com The RealReal

Site de consignação e label britânica juntam esforços para estender a vida das peças.

Por Redação
03/10/2017 • 07h42
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A campanha de inverno de Stella McCartney, ambientada em um aterro sanitário, foi um poderoso statement sobre o que a marca e a designer pensam sobre o meio ambiente, o consumismo e o desperdício. Agora a label está dando um passo à frente para alcançar a economia circular e a sustentabilidade: acaba de anunciar que está entrando no mundo das peças de segunda mão em uma parceria estratégica com o site The RealReal, um brechó de luxo no qual é possível vender itens de grandes marcas por meio da consignação.

De acordo com Julie Wainwright, fundadora e chefe executiva do site, mais de 80 bilhões de peças de roupas são produzidas mundialmente todos os anos. O mais assustador é que, de acordo com ela, o destino final de 75% dessas peças é o lixo. “Estamos usando os recursos do planeta de uma forma que é realmente insustentável”, afirma.

“Stella McCartney se comprometeu firmemente ao se responsabilizar pelos recursos que usa e por seu impacto no meio ambiente”, continuou Julie. “A marca está abraçando um modelo de negócios que transformará a forma que as roupas são produzidas, vendidas, compartilhadas, reparadas e reutilizadas.” De acordo com ela, algumas das mais importantes ações que as companhias podem ter para reduzir seu impacto é criar produtos que são feitos para durar — e também promover o uso estendido de cada peça.

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Esse é o intuito da parceria, que começa a valer em 2018. As lojas da label britânica oferecerão informações para facilitar a revenda das peças no The RealReal, e ambas as marcas se comprometeram a fazer encontros e discussões sobre economia circular. Quanto mais pessoas souberem que as roupas não são descartáveis, melhor. Além disso, um pop-up shop da Stella McCartney será aberto na loja da The RealReal, em Manhattan, Nova York.

A marca é reconhecida por seus esforços ecológicos — como os tecidos sustentáveis e o vegetarianismo, mas como as previsões para o consumo de moda são pessimistas, só transformar sua produção não é o suficiente. A decisão de apoiar uma loja que revende roupas de luxo atinge a questão central do problema: o consumismo. Ações como essa podem transformar a visão que as marcas e os consumidores têm sobre roupas antigas. Ainda neste ano, por exemplo, a atriz Rachel Bloom chocou o tapete vermelho ao usar um vestido antigo da Gucci comprado no The RealReal. Mas isso pode mudar.

“Acreditamos que a prática do brechó e a revenda podem ter uma grande responsabilidade em reduzir o tanto de materiais que são retirados todos os anos de nosso planeta”, declarou Stella sobre a nova parceria, e finalizou com uma consciência ecológica que seria muito benéfica para o mundo fashion: “garantindo que nossos produtos são utilizados em toda sua vida útil, é possível começar a desacelerar o uso de recursos naturais sendo cultivados e extraídos do planeta para a moda.”

(mdemulher)

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